Tablets e smartphones representam apenas 1% das visualizações de páginas na internet
10/10/2011
Dados de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 07/11, sugerem que existe uma razoável distorção sobre o acesso a internet no país. Embora números utilizados pela Anatel e pelas empresas de telecomunicação sustentem que dispositivos móveis já respondem por dois terços do total de acessos, o tráfego originado por esses equipamentos não representa mais de 1% do total de visualizações de páginas na web.
É o que indica um relatório da comScore, empresa de marketing e pesquisas na rede, sobre o consumo de internet no Brasil. O estudo defende que o uso de dispositivos que não são computadores está crescendo, puxado especialmente pelos smartphones e tablets. O uso desses equipamentos teria aumentado 60% entre maio e agosto.
Apesar do crescimento significativo, a mesma pesquisa aponta que o acesso efetivo à internet é feito em sua quase totalidade com o uso de computadores – uma vez que esse seria o meio pelo qual se deu a maioria (99%) das visualizações de páginas na web – o que sugere o absoluto protagonismo das conexões fixas no Brasil.
É um resultado curioso tendo em vista que, segundo a Anatel e as teles, o país contava, também em agosto, com 47,8 milhões de conexões em banda larga, sendo 16,1 milhões fixas e 31,7 milhões móveis. Vale lembrar que essas conexões móveis incluem todos celulares capazes de acessar a internet, mesmo que não contenham pacote de dados.
Tamanha discrepância talvez seja explicada pela baixa qualidade das conexões. Segundo a consultoria Teleco, a velocidade média nominal da “banda larga” móvel no país é de 767 kbps – sendo que, assim como nos acessos fixos, em geral as operadoras só se comprometem a entregar 10% da velocidade contratada.
Veja as principais conclusões da pesquisa:
1) No Brasil, dispositivos como tablets, celulares e consoles de jogos somaram 1% de todas as visualizações de páginas de internet em agosto de 2011, em comparação com apenas 0,6% em maio de 2011;
2) Deste 1% de tráfego não originado de computadores, os celulares somaram a maior porcentagem, com 59,8%. Os tablets somaram 36,5%, enquanto outros dispositivos (que incluem iPods, e-readers, consoles de jogos, etc) alcançaram 3,7%;
3) Comparado com os EUA e Reino Unido, o tráfego não originado de computadores no Brasil cresceu mais em relação aos tablets e menos em relação aos celulares e outros dispositivos;
4) O Apple iOS soma quase 60% de tráfego não originado de computadores no Brasil. Dispositivos que utilizam o sistema operacional Android alcançaram 16,7%. O Symbiam alcançou 6,8% enquanto outros dispositivos somaram, juntos, os 18% restantes.
Site: Convergência Digital
Data: 07/10/2011
Hora: 11h47
Seção: Internet
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link:http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=27977&sid=4