Banco Interamericano de Desenvolvimento destina recursos a programa para regionalização da credencial MPS-BR, que atesta a qualidade de software. A expectativa é que outros países adotem o selo nacional.
O modelo de certificação de melhoria do processo de software brasileiro (MPS-BR) deverá ser exportado para outros países da América Latina. O incentivo à adoção do método nacional por outras indústrias do setor na região contará com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que destinou 4 milhões de dólares para o programa "Regionalização Latino Americana da Indústria de Software (Relais)".
A informação foi dada pelo vice-presidente da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), Arnaldo Bacha, durante o Seminário Internacional sobre Indústria de Software e Serviços de TI na América Latina, realizado em São Paulo.
A Softex é a entidade responsável pela implantação do MPS-BR no Brasil, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e do BID. O banco já repassou 1 milhão de dólares para o programa da certificação Brasil, que criada em 2004 e conta com 200 empresas credenciadas e 4 mil profissionais treinados.
O selo é uma credencial que atesta a qualidade no desenvolvimento de software, seguindo os padrões de mercado. É baseada no certificado internacional (Capability Maturity Model Integration) CMMi. Segundo Bacha, o programa brasileiro tem tido boa aceitação por parte de empresas de software, inclusive as que têm o passaporte internacional.
De acordo com o representante da Softex, os países da América Latina que já demonstraram interesse em adotar a MPS-BR são Colômbia, Peru e México. Entre eles, apenas o México conta com um modelo de certificação para software local, chamado "Moprosoft". Bacha diz que há possibilidade de a região adotar a certificação brasileira e mexicana. Sua expectativa é que os vizinhos optem apenas pelo modelo do Brasil.
O Peru foi o país escolhido para coordenar o grupo de discussão a respeito do processo de implantação da MPS-BR na região. Bacha acredita que até o fim do ano haverá uma definição sobre quais países vão adotar o modelo brasileiro. Ele prevê que o número de empresas certificadas com a titulação brasileira poderá dobrar com a expansão para outros países da AL. Em 2011 o número de certificações brasileiras vai atingir 400 empresas.
Pelo Releais, o Brasil deverá destinar 500 milhões para apoiar empresas nacionais de software interessadas em obter o selo, que tem aproximadamente 50% dos custos cobertos pelo programa.
Site: Computerworld
Data: 11/02/2010
Hora: 15h24
Seção: Negócios
Autor: Edileuza Soares
Link: http://computerworld.uol.com.br/negocios/2010/02/11/bid-aplica-us-4-mi-para-expandir-certificacao-brasileira-na-al/