Empresa conta com centro de capacitação, em Praga, na República Tcheca, com universidades e espera trazer modelo para o Brasil.
A maior preocupação de fornecedores e usuários de mainframe atualmente e quanto à formação de uma nova geração de profissionais qualificados para trabalhar com este ambiente nos próximos anos. Para capacitar talentos nessa área a CA mantém um centro de excelência de computadores de grande porte em Praga, na República Tcheca.
A unidade realiza pesquisas e qualifica estudantes e jovens profissionais em mainframe. Atualmente, o local conta com 220 engenheiros, de 16 nacionalidades, dos quais cerca de 150 são especialistas em ambiente legado. Em dois meses, a CA espera dobrar a capacidade desse centro.
“Temos parcerias com universidades na República Tcheca e oferecemos um curso de dois meses, sobre mainframe básico, para estudantes que são selecionados previamente”, conta o vice-presidente de engenharia de software da CA e responsável pelo centro, Radovan Janecek.
Cada turma conta com, no máximo, 12 alunos, mas nem sempre todos completam o curso, ministrado por profissionais experientes em mainframe. Após a formação básica, há treinamento especifico sobre os softwares da companhia. “Profissionais qualificados é o principal problema”, afirma.
Parcerias com universidades
Uma das parceiras da empresa em Praga é a Czech Technical University, maior universidade técnica da República Tcheca, com 24 mil alunos de diversos cursos. A CA Brasil conta com iniciativas pontuais com universidades brasileiras, como é o caso da FIAP.
Há também conversas em andamento com a Universidade de Brasília (UnB), mas o principal desafio é que as instituições de ensino não contam com computadores de grande porte para que os alunos possam aprender, diz o diretor de vendas técnicas de mainframe para a América Latina, Idival Júnior.
Na República Tcheca, a situação é semelhante, já que não há mainframes naquele país. De acordo com Janecek, como os bancos tchecos foram comprados por outros internacionais, o ambiente legado fica no exterior. A solução é usar mainframes da CA, sob a orientação de professores. Júnior avalia adotar esse modelo no Brasil, com treinamento de alunos realizado no mainframe da CA na França.
Outra ação que o executivo espera realizar ainda este ano é a inclusão de disciplinas ligadas a mainframe no currículo de cursos de graduação brasileiros, o que não existe hoje em dia. “As empresas estão mais motivadas a realizar treinamentos em mainframe para seus funcionários”, diz Júnior, referindo-se a parcerias firmadas com Caixa Econômica Federal e outra em andamento com a Fundação Bradesco.
Mas o diretor da CA admite que não basta oferecer formação universitária sobre mainframe. É preciso motivar os estudantes de cursos ligados à tecnologia da informação para que eles criem interesse sobre esse ambiente.
”Em Praga, a motivação dos estudantes por mainframe está ligada ao dinamismo da plataforma e ao interesse dos alunos por solucionar problemas profundos” afirma o coordenador.
Criado em 2005 com um investimento de 36 milhões de euros, o centro de Praga é a única unidade de excelência em mainframe da CA fora dos Estados Unidos (sede da companhia) e uma das três estratégias da empresa fora daquele país - as outras duas ficam na Índia e na China.
*A jornalista viajou a Praga, na República Tcheca, a convite da CA
Site: Computerworld
Data: 26/03/2010
Hora: 19h04
Seção: Carreira
Autor: Fabiana Monte
Link: http://computerworld.uol.com.br/carreira/2010/03/26/ca-forma-profissionais-para-ambiente-mainframe/