O governo federal ampliou a rede nacional de segurança cibernética, com a criação de cinco grupos destinados a cuidar da infraestrutura crítica nas áreas de energia, comunicações, águas, transportes e finanças. Os planos, no entanto, são de alargar o escopo de proteção e vigilância às redes de comunicações e dados para além das infraestruturas públicas. Por isso a iniciativa privada vai ser convidada a participar.
"Além dos órgãos de Estado e da academia, esta última pode nos ajudar especialmente na área de criptografia, vamos começar a convidar grandes empresas para compartilharmos experiências. Lamentavelmente, sabemos que mesmo grandes grupos econômicos não estão preparados para lidar com a questão da segurança cibernética", diz o diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicação (DSIC, ligado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), Raphael Mandarino.
Formalmente, a estrutura está sendo ampliada com a formação de subgrupos de segurança nas áreas de transportes terrestres, aquaviários e aeres, de barragens e de finanças. Esses grupos terão como missão estudar e propor a implementação de medidas e de ações relacionadas com a segurança das infraestruturas críticas do país, tendo como foco principal prevenir e assegurar a continuidade dos serviços indispensáveis prestados à sociedade.
Mandarino explica, no entanto, que a área de segurança cibernética precisa se relacionar também com grupos da área empresarial do país, sejam eles estatais, como a Petrobras, semiestatais, como a Vale, e totalmente privadas, como grandes varejistas de alimentação, por exemplo - leia-se, as grandes cadeias de supermercados.
A ideia é que as empresas participem de reuniões com o grupo técnico de segurança cibernética onde possam compartilhar experiências de proteção de redes. Na prática, o governo quer incutir nas empresas a preocupação com a segurança, trabalho que vem sendo realizado na administração federal voltado para as 320 grandes redes públicas do país. “O Brasil, assim como os outros países, ainda está construindo isso. Mas entendemos que as empresas também têm que participar", explica Raphael Mandarino.
Site: Convergência Digital
Data: 03/05/2010
Hora: 15h30
Seção: Governo
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=22437&sid=18