Brasil está na "lista negra" do comércio eletrônico dos EUA

10/05/2010

Metade das empresas de e-commerce nos Estados Unidos e Canadá colocou os países do leste africano na lista de nações para as quais não vendem mais. A Nigéria aparece na lista negra de 50% dessas companhias.

O dado é de um estudo da empresa norte-americana CyberSource. Doug Schwegman, diretor de inteligência de marketing da companhia, apresentou durante o E-Commerce Summit, realizado nesta quinta-feira, 06/05, na capital paulista, um estudo sobre fraudes no comércio eletrônico dos Estados Unidos e Canadá.

Em segundo lugar na lista de países com maior índice de rejeição aparece Gana, com 45%. Indonésia e Malásia vêm na sequência, com 30%, seguidas do Irã e Rússia, com 23%, e da China e Vietnã (20%).

Na sexta colocação estão Hong Kong, Índia e Cingapura (18%). O Brasil aparece em sétimo, juntamente com Coreia do Sul e Turquia, com 15% de rejeição, seguido das Filipinas e Taiwan (13%) e do México (10%).

Schwegman explica que os países latino-americanos aparecem menos porque os responsáveis por fraudes nessa região preferem não fazer compras nos Estados Unidos e Canadá.

De acordo com a pesquisa, o alto índice de fraudes em compras originadas no exterior levou boa parte das empresas de comércio eletrônico a recusar vendas para fora de seus países. Schwegman conta que 20% das empresas pararam de vender para países específicos. Dessas, 5% simplesmente deixaram de vender para o exterior.

Na mão grande

Segundo ainda o relatório, os meios convencionais de roubo de informações pessoais e confidenciais de pagamento ainda são os mais utilizados pelos fraudadores do comércio eletrônico. Segundo o levantamento da CyberSource, 33% das informações são obtidas a partir de carteiras, bolsas e documentos perdidos.

Essas perdas, junto com informações coletadas em restaurantes ou lojas físicas e quando o consumidor passa os dados por telefone, respondem por 75% dos dados de pagamento perdidos. Problemas de segurança em sistemas de pagamento de lojas virtuais, crimes virtuais, esquemas de phishing e outros meios cibernéticos representam 25% dos roubos de informações confidenciais utilizadas para fraudes na internet.

Site: Convergência Digital
Data: 06/05/2010
Hora: 16h15
Seção: Segurança
Autor: Fernanda Ângelo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=22503&sid=18