O Programa de Alianças Empresariais (Paemp) da entidade quer iniciar pelo menos dez operações este ano; a meta é dar maior competitividade às empresas.
A Softex está em campanha para fomentar associações na área de software, alternativa ideal para tornar as empresas do setor mais fortes, sobretudo no mercado internacional, segundo o diretor de qualidade e competitividade da entidade, José Antonio Antonioni. Na opinião dele, o mercado poderia passar, em quatro ou cinco anos, dos atuais oito mil empreendimentos nacionais, com faturamento anual médio de 2,4 milhões de reais a 5 milhões de reais cada, para um cenário mais enxuto, de cerca de 200 operações, mas com receitas robustas.
Estudo de casos desenvolvido pelo Programa de Alianças Empresariais (Paemp) da Softex concluiu que os três modelos associativos de negócio mais adequados ao segmento seriam as fusões e aquisições; consórcios; e joint ventures. Basicamente, porque promoveriam retorno rápido e custariam menos, por exemplo, do que a abertura de capital em Bolsa. Antonioni, que participou nos dias 5 e 6 de maio do I Congresso Softex de Alianças Empresariais, em São Paulo, diz que os interessados podem procurar os consultores do Paemp, preparados para fornecer consultoria e apoio técnico. Em 2010, a meta é iniciar dez grupos ou ações de associação dentro do programa, afirma Antonioni.
O custo do serviço oferecido pela entidade varia muito, de acordo com os projetos e a faixa de faturamento das empresas. Um grupo hipotético de cinco empreendimentos de médio porte, para cobrir todas as etapas de uma operação de associação (seleção do parceiro, diagnóstico estratégico, escolha do modelo de negócio, due dilligence – pesquisa para ver se os envolvidos estão “limpos” na praça, avaliação ou valuation, assessoria jurídica, plano de integração, etc.), teria de desembolsar da ordem de 200 mil reais, estima a Softex.
A entidade publicou no seu site (www.softex.br) guias e documentos de orientação sobre processos associativos e apresentou, no congresso, vários casos bem-sucedidos de fusões, consórcios, etc. No evento, André Burger, do Proinvest, assinalou a importância, nesse movimento, dos fundos de private equity,que teriam ainda US$ 15 bilhões não aplicados para investir no país (em todos os segmentos econômicos, não só TI). Esse segmento, diz ele, cresce muito. Eram 46 gestores de fundos no país em 2000, para 100, atualmente. Tecnologias e soluções que, na sua avaliação, têm despertado interesse de investidores seriam computação em nuvem (cloud), mobilidade e redes sociais.
Antonioni também defende políticas públicas que favoreçam o associatismo. “Por exemplo, seria muito interessante se o governo permitisse a maior participação dos consórcios em editais”, destaca. “Muitas vezes, uma empresa não pode oferecer uma solução eficiente, porque, sozinha, não tem o capital mínimo exigido no edital; mas poderia chegar a ele, associada a parceiros”.
Site: Computerworld
Data: 07/05/2010
Hora: 7h10
Seção: Negócios
Autor: Verônica Couto
Link: http://computerworld.uol.com.br/negocios/2010/05/07/softex-quer-promover-associacoes-de-capital/