Onda entra na briga do mercado de celular na América Latina

01/06/2010

Sem medo de enfrentar a forte disputa na indústria de aparelhos celulares, inclusive, com os chineses, a italiana Onda deflagra a sua estratégia de se tornar um player móvel na América Latina. Com (tem) presença no Brasil desde agosto do ano passado, a fabricante (e) prepara, em parceria com a TIM, o lançamento de um celular com TV Digital de baixo custo, para brigar com o já disponível da Vivo/ZTE.

O custo do aparelho é estimado em R$ 400,00 segundo revela o presidente da Onda, Vincenzo Di Giorgio, em entrevista exclusiva ao Convergência Digital e esse será o primeiro de uma linha de equipamentos que a empresa trará para o país.

"Estamos começando a nossa presença no mercado com esse celular com TV Digital, adaptado ao ISDB-T do Brasil, porque acreditamos muito no potencial da TV junto ao usuário móvel. Ter um aparelho de custo acessível, mesmo sendo lançado às vésperas da Copa, nos dá uma motivação muito grande", adianta Di Giorgio. O aparelho será ofertado comercialmente a partir do dia 01 de junho.

Inicialmente, os aparelhos serão 100% importados. "Não temos produção local. Como também não o têm o nosso rival direto nessa estratégia", salienta o presidente da Onda. Até então, a empresa italiana atuava tão somente no mercado de oferta de modems 3G, sendo que nessa área, além da TIM, a empresa também fornece para a Vivo. Existem planos para a fabricação local, mas ainda estão condicionados ao volume de vendas.

No mercado de celulares, nesse momento, há uma parceria exclusiva com a TIM para a oferta do terminal, mas Vincenzo Di Giorgio diz que não há contratos de exclusividade. "Estamos entrando no mercado para brigar e ter presença em todas as operadoras. Esse terminal tem o diferencial da plataforma da TIM. Se outras operadoras também quiserem negociar, vamos fazer no Brasil e em toda a América Latina. Chegamos para ficar entre os líderes", sinaliza.

Sem revelar os investimentos, o executivo da Onda diz apenas que o planejamento da fabricante italiana é de longo prazo. "Não estamos chegando para ir embora amanhã", garante. Para 2010, observa, a fabricante estima uma receita de R$ 20 milhões.

A promessa é que toda a receita obtida na região será realocada em novos aportes na região. "Não faremos nesse início repasses para a Itália. A ordem é fincar raízes na América Latina e, em especial, no Brasil", completa Vincenzo Di Giorgio.

Site: Convergência Digital
Data: 31/05/2010
Hora: 9h55
Seção: Telecom
Autor: na Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=22765&sid=8