Navegador da Google terá ferramenta que só permitirá o uso de plugins se estiverem devidamente atualizados; caso contrário, eles serão desligados.
A Google irá reproduzir um recurso do Mozilla Firefox, que impede que plugins desatualizados sejam acionados, em seu navegador, o Chrome. Segundo a empresa, esse é mais um esforço para manter seguros os usuários de seu software.
O anúncio foi feito no blog do Chromium, nome do projeto de código aberto no qual o Chrome se estrutura, por três engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento do browser. A medida tenta evitar que plugins desatualizados tenham suas falhas de segurança exploradas por pragas virtuais.
A companhia não estipulou um prazo para a adição do recurso, nem especificou como ele funcionará. Afirmou apenas que se dará a médio prazo e sublinhou que o Chrome irá auxiliar os usuários na atualização dos plugins.
O browser também irá exibir um aviso quando um site solicitar um plugin incomum, diz o post assinado por Chris Evans, Julien Tinnes e Michal Zalewski, da equipe de segurança:
“Alguns plugins são amplamente instalados, mas usualmente desnecessários ao se navegar na internet. Para a maioria dos usuários, qualquer tentativa de inicializar tais plugins é uma atividade suspeita e o Google Chrome irá alertar sobre essa condição”.
O texto, no entanto, não detalha o significado de “usualmente desnecessários”.
Plugins inseguros
O Chrome está seguindo os passos do Firefox, que adicionou a ferramenta de bloqueio de plugins vulneráveis em sua versão 3.5, de setembro de 2009, e a aprimorou na 3.6, finalizada em janeiro deste ano. Nela, o navegador da Mozilla checa se os plugins instalados, como o Flash Player ou o QuickTime, estão atualizados e, caso contrário, os desabilita, além de exibir uma página com instruções para corrigir o problema.
Tanto a Mozilla quanto a Google já disseram que esses novos recursos são uma reação ao crescente número de ataques virtuais que se aproveitam das vulnerabilidades desses programas, principalmente o Flash Player e o Reader, ambos da Adobe.
Os ataques a navegadores a partir de plugins estão em alta. No primeiro trimestre de 2010, por exemplo, segundo a empresa de segurança virtual McAfee, 28% de todos os malwares tiveram como alvo leitores de PDF, como o Reader.
Em outros aspectos de segurança, o Chrome está à frente do Firefox. O browser da Google atualiza automaticamente o Flash Player e, duas semanas atrás, a empresa afirmou que o equipará com um leitor de arquivos PDF.
Atualmente, o Chrome tem 7% de participação no mercado de browsers enquanto que o Firefox conta com 24,3%. O líder é o Internet Explorer, da Microsoft, com 59,7%.
Fonte: Computerworld/EUA
Site: IDG Now!
Data: 30/06/2010
Hora: 8h40
Seção: Internet
Autor: Gregg Keizer
Link: http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/06/29/para-aumentar-seguranca-chrome-copia-recurso-do-firefox/