Brasil e EUA firmam acordo para P&D em redes

15/07/2010

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCT) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) firmaram acordo de cooperação em suporte de P&D em redes no âmbito dos projetos Giga e Geni.

O projeto Giga, que é coordenado por ambos os órgãos, consiste na implementação e uso de uma rede óptica experimental voltada para o desenvolvimento de tecnologias de rede óptica no Brasil.

Já o projeto Global Environment for Network Innovations (Geni) é coordenado pela empresa tecnológica norte-americana BBN Technologies Corporation, e financiado pela National Science Foundation (NSF).

O acordo prevê a interconexão das redes experimentais norte-americanas que integram o projeto Geni e a rede experimental do projeto Giga, possibilitando a federação de experimentos conduzidos por instituições brasileiras participantes do projeto Giga e seus semelhantes do projeto Geni nos EUA.

Este seria o primeiro passo para maior integração entre pesquisadores no Brasil e EUA em pesquisas experimentais dirigidas para o futuro da Internet. O projeto Geni já financia dezenas de subprojetos de P&D em redes, e espera-se crescente participação de brasileiros em futuros subprojetos.

"Há um consenso crescente na comunidade de redes internacional de que a credibilidade e o potencial de inovação das invenções dependem da experimentação em ambientes reais, de larga escala, pois há certos fenômenos e limites que só se apresentam nessas condições”. afirma Marcos Rogério Salvador, gerente de Evolução Tecnológica para Redes Convergentes do CPqD e coordenador técnico do Projeto Giga.

Michael Stanton, diretor de P&D da RNP, ressaltou a importância, para o desenvolvimento da Internet no Brasil, da participação de pesquisadores e empresas brasileiras nas pesquisas em curso. Isto vale tanto para o projeto Geni, como para iniciativas semelhantes em outros partes do mundo, como os projetos Fire, da Europa, e Akari, do Japão, com os quais o Geni também já estabeleceu acordos de cooperação, permitindo outros experimentos em escala global.

Para Stanton, juntar pesquisadores do Brasil aos grupos internacionais que hoje traçam o futuro da Internet permitirá que brasileiros tenham um papel ativo na definição dos rumos nesta área, com benefícios para a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação nacionais. “Significa deixar de correr atrás do bonde do progresso, pois o teremos alcançado, o que nos permitirá sentar e viajar junto com os outros passageiros,” observou o diretor.

Site: Convergência Digital
Data: 14/07/2010
Hora: 13h20
Seção: Inovação
Autor: ------
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23165&sid=3