Convidado do encontro da Rede Rio TI Esportes, realizado no dia 27 de julho, em um dos auditórios da Riosoft, o gerente de informática da Rio2016, Elly Resende, apresentou um histórico sobre a candidatura do Rio às Olimpíadas e sua indicação sob a ótica do uso de tecnologia como integrador de todas as atividades. Elly revelou durante a apresentação que o planejamento do uso da tecnologia nos Jogos Olímpicos do Rio deve ser divulgado no início do próximo ano. Segundo ele, a contratação de aplicativos deve começar em 2012, com publicação dos pré-requisitos aos interessados. Perguntado por um dos empresários presentes sobre o processo de demandas para as empresas, Elly revelou que existe um cronograma mestre, que deve ser divulgado no próximo mês. O investimento total em tecnologia será de cerca de R$ 970 milhões. "Sempre escutei que o Brasil seria o país do futuro. Essa é a década do Brasil", afirmou. Resende concordou que pouco foi realizado no sentido de interação e mobilidade e que estes são assuntos os quais definitivamente estarão presentes em 2016 e que por isso se tornam grandes oportunidades para as empresas.
De acordo com o representante da Rio2016, há espaço para todos e o melhor caminho para o uso de aplicativos voltados para suporte e desempenho dos atletas, no momento, é oferecer o serviço para Federações e Confederações. Resende lembrou a importância da tecnologia e revelou que durante a Olimpíada no Rio serão cerca de sessenta áreas funcionais, incluindo TI, telecom e aplicativos para competições, entre outras, produzindo um grande número de demandas, não apenas as ligadas diretamente às competições.
Os grandes eventos esportivos que serão realizados no Rio a partir de 2011, com os Jogos Militares, apresentam, assim, uma excelente oportunidade para fornecedores de software e serviços de TI. O aumento da concorrência para financiamento, patrocínio e audiência vai introduzir um novo conjunto de desafios para as organizações. Já as aplicações em novas tecnologias, como internet móvel e web 2.0, terão muito espaço, pois são as mais utilizadas hoje em dia por participantes e visitantes. Ao permitirem a comunicação em tempo real, ou criarem novas redes sociais, as tecnologias melhoram as experiências dos espectadores e aumentam tanto o número de participantes do evento ao vivo quanto pela internet. É um investimento atraente, pois apresenta novas oportunidades para os patrocinadores e os órgãos financiadores.
O gerente de informática da Rio2016 apresentou outros números significativos que cercam os Jogos Olímpicos no país. "Serão 28 esportes, 205 países participantes, 302 eventos durante 17 dias, 36 instalações completas e outras 25 que funcionarão como suporte, em 2,7 milhões de metros quadrados de área construída e 0,8 milhões de metros quadrados de construções temporárias. "A Olimpíada é um evento esportivo e, por isso, eu preciso encontrar soluções confiáveis e que funcionem, não é lugar para testes", alertou Elly.
O coordenador da Rede Rio TI Esportes, Alberto Blois, lembrou ao fim do encontro que as oportunidades surgem em diversas frentes, não apenas diretamente nos Jogos, mas também no apoio ao desempenho dos atletas, na divulgação e promoção, no entorno impactado (turismo, por exemplo) e em aplicações inovadoras. Entretanto, Blois alerta que o importante é ter experiência. “Não há chance de aplicações serem utilizadas pela primeira vez nos eventos, elas devem estar maduras e robustas para serem adotadas, portanto uma ótima oportunidade são os Jogos Militares que serão realizados no Rio, em 2011. Será o momento de colocar as soluções funcionando e mostrar a competência brasileira, gerando desde já um histórico e um legado de conhecimento, que credencie as empresas para os demais”, disse.
O próximo encontro do projeto será durante o Rio Info, que será realizado de 31 de agosto até dois de setembro, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca.