O Google desmentiu o acordo com a operadora americana Verizon que iria contra o princípio de neutralidade na rede, assunto amplamente discutido nos EUA.
O acordo poderia criar taxas adicionais para privilegiar transferências de determinados sites e tipos de conteúdo, gerando tráfego priorizado. O Google poderia, por exemplo, comprar preferência de tráfego do Youtube, fazendo-o mais rápido de carregar do que outros sites da internet.
Esse desequilíbrio vai de encontro à chamado Net Neutrality (neutralidade da rede), que determina como o tráfego da web deve se mover, sem favorecimentos a conteúdos específicos.
Segundo esse princípio, nenhum conteúdo, seja ele vídeo, texto, áudio etc., deve ter privilégios de velocidade em transferência na internet.
Em pronunciamento oficial, o Google americano disse que:
"O New York Times está simplesmente errado. Nós não tivemos nenhuma conversa com a Verizon sobre pagar por tráfego do Google. Nós nos mantemos compromissados como sempre fomos à internet livre."
O anúncio é vago quanto à existência ou não de conversas prévias entre o Google e Verizon. Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa do Google no Brasil lembrou que a operadora Verizon lida com muitos celulares com o sistema operacional Android, da gigante de pesquisas. Ainda segundo a assessoria, o Google não cogita fazer nada que desfavoreça a neutralidade da rede.
Julius Genachowski, presidente da Comissão Federal de Comunicação (FCC em inglês) dos EUA, disse ao portal Gizmodo que "qualquer resultado, qualquer acordo que não preserve a liberdade e abertura da internet para consumidores e empreendedores, será inaceitável."
Site: Folha.com
Data: 05/08/2010
Hora: 16h20
Seção: Tec
Autor: ------
Link: http://www1.folha.uol.com.br/tec/778369-google-desmente-acordo-com-verizon.shtml