Pesquisa mostra que funcionários estão alheios aos perigos na internet enquanto trabalham e baixam arquivos, instalam programas e usam a web para fins pessoais.
Departamentos de TI de diversas empresas acreditam que as redes sociais, alguns programas para a internet, além dos widgets, diminuíram o nível de segurança geral das organizações para que trabalham.
É o que afirma uma pesquisa realizada pela empresa Check Point Software e o instituto Ponemon. De acordo com o estudo, 82% dos profissionais de segurança digital têm essa impressão. O relatório afirma que “empregados, raríssimas vezes, pensam na questão da segurança da comunicação dentro das organizações.”
Foram entrevistados 2.100 profissionais do segmento de TI da França, dos EUA, do Reino Unido, do Japão e da Austrália. Os entrevistados eram de pequenas e médias empresas, ativas em uma dúzia de segmentos industriais distintos, tais como financeiro, industrial, governamental, comércio, assistência de saúde e de educação.
De acordo com o estudo, os funcionários executam downloads (baixar arquivos da internet para os discos locais) sem qualquer cerimônia e que a segurança dos arquivos baixados não lhes incomodava em nada. Outras atividades virtuais, tais como navegar em busca de informações de interesse pessoal na internet, usar programas P2P (de compartilhamento de arquivos pela web) e usar sites sociais como Facebook, Orkut e outros, completam o rol de atividades, durante as quais o usuário pouco se importa com a segurança dos dados que trafegam pela rede.
Campeões de preocupação
Na Web 2.0, perda de dados, vírus e malwares são os grandes ladrões de sono.
“Em nossa pesquisa ficou evidente que o quesito da segurança habita partes menos privilegiadas nas pautas dos usuários da web 2.0. Com aplicativos cada vez mais sofisticados para espalhar as pragas virtuais, somado ao crescente volume de aplicativos encontrados para download livre na internet encontramos uma união, no mínimo, perigosa para as organizações”, diz o fundador e presidente do Ponemon Institute, Dr, Larry Ponemon.
“Ao passo que essas contingências exigem uma aproximação baseada em investimento estratégico em tecnologias e na educação dos funcionários, também fica claro em nossa pesquisa que muitos dos gestores de TI das empresas acreditam não dispor de recursos suficientes para cumprir a tarefa de blindar a web de sua companhia.”
Outras descobertas importantes da pesquisa revelam que quase a metade dos entrevistados acha que está mais do que na hora de minimizar os riscos aos quais as redes e o sistema de TI das companhias estão expostos.
Responsabilizar os funcionários
Mais da metade dos entrevistados também acredita que os funcionários devam responder pelas conseqüências do uso indevido da estrutura de TI das empresas.
Entre as mazelas resultantes de tal comportamento anárquico na web, apontadas pelos profissionais de TI, estão a baixa produtividade, infecção dos sistemas de informações por malwares e perda de dados.
“Fica evidente no estudo que as organizações estão priorizando a questão de segurança”, afirmou a chefe do departamento de marketing global da Check Point Software, Juliette Sultan.
“Mais dados da pesquisa revelam que as empresas reconhecem os problemas ligados à internet 2.0. Mas, ao mesmo tempo, precisam de ferramentas melhores, a fim de descobrir que grupo de programas os funcionários estão executando no sistema com a finalidade legítima de fazer negócios.
“Implementar uma solução flexível, que fatore em grupos com demandas específicas e forme uma via de comunicação entre o usuário e os administradores de TI, é a saída para o dilema. Outra vantagem será a percepção por parte do usuário de que o comportamento dele na web 2.0 deve ser mais cauteloso e alinhado às políticas locais”, diz Sultan.
Site: Computerworld
Data: 09/08/2010
Hora: 10h26
Seção: Segurança
Autor: ------
Link: http://computerworld.uol.com.br/seguranca/2010/08/09/redes-sociais-e-malwares-lideram-preocupacoes-nas-empresas/