De acordo com um estudo da Frost & Sullivan, até o fim da década 90% da população estará conectada e fará operações e compras somente via online.
A Amdocs divulgou nesta segunda-feira (16) um estudo realizado pela Frost & Sullivan – “Connected World 2010: A Survey Emerging Markets” –, realizado em maio, com a perspectiva da América Latina nos próximos dez anos.
De acordo com a pesquisa, o fato de o mundo ser impulsionado pela demanda por conectividade e informações a qualquer momento e lugar, afeta o as operadoras de telecomunicações e o papel que elas desempenham em mercados emergentes, como a América Latina, Europa Ocidental e Sudeste Asiático.
O gerente de desenvolvimento de negócios da Amdocs, Mauricio Falck, afirmou que o papel das empresas agora é entender o que as operadoras vêem como mercado e como elas vão se preparar para um mundo totalmente conectado.
Segundo ele, hoje em dia, as pessoas não vivem mais desconectadas. Seguindo a evolução, 90% dos usuários poderão se conectar a qualquer dispositivo e farão compras por internet.
Além desta informação, Falck apresentou um dado extremamente importante para o mercado das Telecom. Ele explicou que, até 2020, o mundo já terá cerca de 7 trilhões de dispositivos móveis conectados à internet. Esta estimativa não se aplica somente a usuários, pois, em aproximadamente 5 anos, os objetos também serão conectados, como carros, tablets, TVs, etc.
Com isto, as empresas e operadoras terão muito trabalho no quesito “modelo de negócios”, pela constante evolução da tecnologia. Em cinco anos o mercado muda muito, ou seja, uma série de novos serviços e novas aplicações tem de ser desenvolvidos todos os dias.
Especialmente porque, além das companhias que já usufruem deste sistema, muitas outras já começaram a investir em programas online.
Sobre o cenário do mercado, 75% das operadoras acham que o mundo conectado afetará as suas respectivas regiões nos próximos anos; 90% delas acha que os preços dos serviços vão emergir para aumentar a adoção de clientes.
No entanto, disse ele, há alguns obstáculos que podem dificultar essa mudança, principalmente na região da América Latina. A primeira questão é que, aqui no Brasil, cerca de 80% dos usuários ainda são pré-pagos. As operadoras, neste caso, terão de adaptar o seu modelo de negócios para que atender estes e os clientes híbridos (que possuem telefones pré e pós-pagos em um mesmo chip). Logo, um dos maiores problemas para esta mudança é como eles vão pagar por estes serviços.
Fora isso, outros obstáculos se focam na cobertura, ou seja, na boa performance em voz e dados.
Atualmente há dois modelos de negócios para as operadoras, segundo o executivo: End-to-end, que facilita e entrega todo o seu serviço ao cliente; Service Enabler, que mantém a rede e a qualidade do serviço, mas não o entrega todo aos usuários.
Curiosamente, 88% das empresas acreditam que, a partir de agora, deverão se tornar Service Enabler, contra apenas 12% que ainda não sabem.
M2M
De acordo com o estudo, 100% das operadoras da região – América Latina – acreditam que as M2M representam uma oportunidade de crescimento e 86% delas já utilizam soluções do porte.
“Em cinco anos teremos a real visão disso, mas é uma mudança que já pode ser observada”, finalizou Falck.
Mercado dos Estados Unidos e Reino Unido
Em janeiro, a mesma pesquisa foi realizada na região norte-americana e no Reino Unido e os resultados foram mais avançados do que a atual, feita na CALA, Europa Ocidental e Ásia.
Para o mercado norte-americano e europeu oriental, este modelo de mundo conectado já é uma realidade. As vendas mais significativas nesta região são de dispositivos e, principalmente, smartphones, os quais representam 56% do mercado. Outros 46% representam eletrônicos e M2M.
Desse modo, a preocupação da região, agora, não é penetração da conexão, e sim, o aumento do tráfego de dados, para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população.
Site: IP News
Data: 16/08/2010
Hora: ------
Seção: Pesquisas
Autor: Andressa Nascimento
Link: http://www.ipnews.com.br/voip/pesquisas/pesquisas/at-2020-havera-7-trilhoes-de-dispositivos-conectados-internet-no-mundo.html