Telebrás pode ultrapassar a 1 Mbps no início das operações do PNBL

23/08/2010

Ao debater com os participantes do III Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2010), promovido pelo Serpro, sobre o Plano Nacional de Banda Larga, o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, disse que a velocidade de 512 Kbps anunciada pelo PNBL não foi fixada como meta.

Segundo ele, trata-se apenas de uma avaliação sugerida na discussão do plano e não necessariamente uma meta. Porém, lembrou que ela já seria o dobro daquilo que o mercado oferece."O que hoje você está lendo com o 512 kbps, nós vamos provavelmente estar falando de 1Mbps ou mais", destacou o presidente da Telebrás.

Segundo ele, a partir da estruturação da nova rede de banda larga, o Comitê Gestor de Inclusão Digital poderá, se achar que a rede suporta maior velocidade, já de início ofertar a velocidade de 1 Mbps. Santanna destacou que, mesmo assim, existe a possibilidade dessa velocidade acabar alcançando até 2Mbps, razão pela qual essa questão não foi tratada como uma meta de atendimento dentro do PNBL.

Santanna acredita que o usuário não irá reclamar se receber inicialmente 512 kbps na banda larga, se ela efetivamente estiver próxima desse patamar de velocidade. Segundo ele, não adianta oferecer "um mega, quando na realidade a velocidade efetiva de download não ultrapassa a 10 kbps".

Explicou que essa análise sobre a futura velocidade da rede, de uma forma mais detalhada, somente poderá ser feita quando a Telebrás começar a atender as 100 primeiras cidades. Estudos serão feitos em cima do comportamento da rede o que permitirá à estatal prever com maior confiabilidade qual a velocidade ideal e, bem acima do mercado, que poderá atender aos usuários.

Santanna lembrou também que o PNBL terá a oportunidade de já montar uma rede IP, uma vez que 90% das fibras da rede estão apagadas. Portanto, não se trata de aumentar custos para melhorar a capacidade dela, deixando de lado antigas tecnologias adotadas em outras redes do governo.

Por sua vez, o Coordenador do Comitê Gestor de Inclusão Digital, Nelson Fujimoto, destacou que a velocidade sugerida de 512 kbps no PNBL levou em conta a renda da população, que não suportaria pagar um preço mais caro pelo acesso à Internet em banda larga.

Site: Convergência Digital
Data: 20/08/2010
Hora: 06h19
Seção: Governo
Autor: ------
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23509&sid=11