Editais da Telebrás serão parâmetro para fixar tarifas do backhaul

24/08/2010

O plano de transformar a banda larga em serviço público mira no estabelecimento de tarifas sobre as conexões no atacado – ou seja, no backhaul. Nessa linha, o governo vai usar a Telebrás como parâmetro para a fixação dos preços, ainda que indiretamente.

“Podemos usar os editais da Telebrás, que são públicos. Sendo feitos na modalidade de registro de preços teremos várias empresas listadas e o valor dos componentes. Na prática, teremos um mapa de preços que podem ser utilizados para substituir o modelo de custos e auxiliar na fixação da tarifa do backhaul”, explica um integrante da Casa Civil.

A lógica vale mesmo que a reestruturada estatal adote a política das operadoras privadas e mostre resistências em abrir seus custos à Anatel. Com a obrigatória publicidade das propostas apresentadas aos editais que a Telebrás fará para “acender” a rede pública de fibras óticas, o tal mapa de preços vai aparecer.

A estatal está preparando quatro editais e pretende fazer as licitações, na modalidade de registro de preços, ainda este ano. E, como sugere o governo, esses editais abrangem a estrutura necessária para colocar backbone e backhauls para funcionar.

Eles são para os equipamentos DWDM (uma das tecnologias para iluminar as fibras óticas), outro para a camada IP da rede – switches, hubs e roteadores, um terceiro para os equipamentos de rádio enlace e o último para torres, antenas e os respectivos serviços de montagem.

“Não temos porque não usar esses preços. Eles serão uma base fundamentada para aplicar uma tarifa que envolva aqueles componentes”, completa o integrante da Casa Civil.

Site: Convergência Digital
Data: 23/08/2010
Hora: 14h43
Seção: Telecom
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23537&sid=8