Empresas de software buscam certificação única para AL

31/08/2010

Brasil, Colômbia, México e Peru já participam do programa financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e que deve eleger um selo que ateste a qualidade do desenvolvimento.

Quatro países da América Latina aderiram ao programa Rede Latino Americana da Indústria de Software (Relais), que recebeu um investimento de 4 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para padronizar uma certificação que ateste a qualidade dos aplicativos desenvolvidos pelas empresas da região. Por enquanto, fazem parte do grupo Brasil, Colômbia, México e Peru. Mas há uma expectativa de que o Uruguai também se junte à iniciativa.

O objetivo do programa é estabelecer um modelo de certificação em desenvolvimento de software com reconhecimento na América Latina, que possa funcionar como um cartão de visita das empresas de software na hora de disputar novos negócios na região e até a entrada em outros mercados. Segundo o vice-presidente da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), Arnaldo Bacha, a iniciativa deverá dar preferência para os modelos já implementados no continente. Atualmente, apenas o Brasil e o México têm projetos nessa área.

O software mexicano leva o selo de qualidade Moprosoft e já credenciou cerca 25 empresas. Já as soluções desenvolvidas pelas empresas do Brasil têm seu produto atestado pela certificação Melhoria do Processo de Software Brasileiro (MPS-BR), criada em 2004 pela Softex, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e do BID. O banco repassou 1 milhão de dólares para o programa no País.

Bacha acredita que a MPS-BR tem grandes chances de ser escolhida pelo Relais pela sua maturidade. “Já credenciamos mais de 200 empresas e vamos dobrar esse número até 2011. Também temos 3 mil profissionais credenciados e 18 instituições que fazem implementação”, enumera o vice-presidente da Softex.

O selo MPS-BR atesta a qualidade no desenvolvimento de software, seguindo os padrões de mercado, como o certificado internacional (Capability Maturity Model Integration) CMMi. Segundo Bacha, o programa brasileiro tem tido boa aceitação por parte de empresas do setor, inclusive as que têm o passaporte internacional recorrem ao modelo nacional, já exigido nas licitações de governo.

Um grupo de trabalho foi criado para avaliar qual é certificação mais indicada. A coordenação é do Peru, que fará um piloto para preparar empresas para a obtenção do selo definido. Os outros três países vão ajudar no projeto, sendo que o Brasil e o México vão contribuir com o conhecimento que detêm em metodologia de credenciamento. A expectativa dos participantes é até o final do ano anunciar qual passaporte a região adotará.

Site: Computerworld
Data: 30/08/2010
Hora: 07h05
Seção: Negócios
Autor: Edileuza Soares
Link: http://computerworld.uol.com.br/negocios/2010/08/27/empresas-de-software-buscam-certificacao-unica-para-al/