Conteúdo e modelo de negócios ainda são desafios para TV Digital

02/09/2010

Aumento da oferta de TVs e de receptores com middleware no mercado, aumento da oferta de conteúdo, definição de modelo de negócios por parte dos players são apenas alguns dos desafios quando o assunto é TV Digital. Esse foi o foco das oito apresentações do “Seminário Internacional sobre Interatividade Digital”, que contou com a presença, entre outros, de Luis Valle, da Universidade de Palermo na Argentina, Jean-Huguet Lauret, da Cap Digital, da França e de José Salustiano Fagundes, da HXD, além de André Barbosa, da Casa Civil da Presidência da República e Leonardo Frias, da Rede Globo.

Os palestrantes falaram sobre o estágio relativamente inicial da interatividade, no Brasil, América do Sul e até Europa. Na Argentina, por exemplo, as transmissões regulares de TV Digital acontecem desde abril deste ano, segundo Luis Valle. O Brasil, apesar de 96% dos domicílios terem cobertura, falta conteúdo e aparelhos de TV e receptores com middleware. “Não adianta comprar uma televisão com aplicativo de TV Digital se não tenho conteúdo”, ressalta José Salustiano. Para André Barbosa, o cenário brasileiro é positivo e as previsões são animadoras para o futuro: “Quem vai transmitir a Copa de 2014? Muito provavelmente o broadcast”. França e Alemanha alimentam o mesmo espírito otimista, de acordo com Jean-Hughet Lauret: “Só daqui a quatro anos teremos um número considerável de TVs convertidas nesses dois países”.

Salustiano ainda trouxe à discussão o primeiro case DTVi que utiliza conteúdo de programação regional - o MGTV, telejornal da TV Integração de Uberlândia que fez sua primeira transmissão interativa hoje, dia 31 de agosto de 2010. E Leonardo Frias apresentou uma linha do tempo da Rede Globo, que em 2006 começou a “brincar de interatividade, quando ninguém conhecia ou conseguia receber o sinal” e, hoje, tem uma linha de produção de conteúdo que vai ao ar todos os dias, com a novela “Passione”, por exemplo.