A pouco mais de três meses do prazo para a oferta de conexões à internet no atacado às 100 primeiras cidades previstas no Plano Nacional de Banda Larga, a Telebrás publicou nesta sexta-feira, 17/9, o termo de referência do primeiro dos quatro editais para a aquisição de equipamentos e serviços que vão possibilitar o uso da rede pública de fibras óticas, formada pela infraestrutura de fibras da Eletrobrás e da Petrobras. Será dada preferência aos fornecedores de produtos com tecnologia desenvolvida no Brasil.
O termo de referência – em consulta pública até 1º de outubro – prevê, em seu item 6.6, que a Telebrás “poderá restringir a participação na licitação a produtos com tecnologia desenvolvida no Brasil e produzidos de acordo com o Processo Produtivo Básico”.
A intenção fica ainda mais clara quando o termo trata do funcionamento do pregão, pois prevê que os equipamentos que não estejam nessas condições só serão avaliados caso não apareçam produtos com tecnologia nacional.
“Na hipótese de não existirem proponentes que atendam as condições descritas no item 6.6, excepcionalmente, não se aplicará a restrição em questão e o pregoeiro procederá à
avaliação de todas as propostas apresentadas.”
O primeiro dos quatro termos de referência que serão divulgados pela Telebrás diz respeito a equipamentos DWDM (do inglês Dense Wavelength Division Multiplexing), tecnologia escolhida para “acender” as fibras óticas.
A estatal justifica a escolha do DWDM por possibilitar “a transmissão de dados da ordem de terabits por segundo em um único par de fibras ópticas”, além de permitir “a expansão gradual de sua capacidade, por meio da adição de comprimentos de onda, atendendo as demandas de crescimento do tráfego de dados do desenrolar do projeto”.
A proposta de edital prevê que os equipamentos serão instalados, de maneira gradativa, em 241 pontos de presença (POPs) até 2012, sendo 59 POPs no Anel Sudeste, 73 no Anel Nordeste, 32 no anel Sul e 77 na Rede Norte. Vale lembrar que na primeira etapa os anéis Sudeste e Nordeste são prioridade.
Ainda de acordo com o texto, “a rede será modular, inicialmente equipada com transponders de até 10 Gbps, possibilitando seu crescimento gradual, de acordo com o crescimento da demanda de transporte de dados e das prioridades decorrentes das políticas públicas, podendo chegar a 40 comprimentos de onda de 40 Gbps”.
Além da proposta para os equipamentos DWDM, a Telebrás vai propor termos de referência para a camada IP da rede – ou seja, switches, hubs e roteadores –, para os equipamentos de rádio enlace e, finalmente, para torres, antenas e os respectivos serviços de montagem.
Site: Convergência Digital
Data: 17/09/2010
Hora: 11h05
Seção: Telecom
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23760&sid=8