Gartner aponta que queda nos preços beneficia clientes, mas barra o crescimento sustentado dos fornecedores.
A incerteza econômica que ainda ronda alguns países desenvolvidos, somada à globalização das ofertas e a uma crescente competição entre os fornecedores de TI tendem a impactar em uma importante redução nos preços praticados no setor. A análise faz parte de um relatório emitido pela consultoria Gartner.
As previsões da entidade indicam que o mercado mundial de TI vai experimentar quedas anuais de 10% a 25% - nos próximos três a cinco anos - nos custos de produtos e serviços. Em um cenário menos otimista, no qual apenas 30% dos clientes se aproveitariam dessa redução, o preço médio dos itens teria uma diminuição de, em média, 10% ao ano. Sobre o impacto disso para a indústria, o Gartner calcula que o valor total de cortes equivaleria à receita anual de dois dos quatro maiores provedores de serviços de tecnologia do mundo.
O relatório aponta que o aumento da participação dos mercados emergentes, em especial do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), na oferta dos serviços de TI deve ser um dos fatores que pressionará a queda dos preços. Outra situação prática será a disseminação do modelo de pagamento dos serviços pelo uso, graças ao cloud computing (computação em nuvem).
Para os fornecedores, essa realidade de redução dos custos será uma desaceleração global do crescimento do setor. As perspectivas são de que esse movimento comece a ser fortemente sentido a partir de 2013.
Os clientes corporativos, por sua vez, devem se preparar para tirar proveito desse cenário. O Gartner aconselha que os contratos de serviços de TI sejam revistos de duas a três vezes por anos, para verificar questões de precificação, adequação às mudanças regulatórias e a capacidade de entrega dos fornecedores. Nessa análise, as novas opções de serviços também devem ser levadas em consideração.
Site: CIO
Data: 20/09/2010
Hora: 08h15
Seção: Gestão
Autor: ------
Link: http://cio.uol.com.br/gestao/2010/09/20/preco-de-produtos-e-servicos-ti-deve-ter-queda-de-10-a-25-nos-proximos-anos/