O Plano Nacional de Banda Larga não atingirá as metas pretendidas para 2014. Esta é a análise de estudo da Pyramid Research, divulgado nesta quinta-feira, 23/09.
Em levantamento sobre a evolução do serviço na América Latina, e especificamente, sobre a realidade no Brasil, a consultoria calcula que daqui a cinco anos, 27 milhões de lares brasileiros terão acesso à banda larga rápida, o que corresponderá a 48% do total de domicílios, quando a estimativa dos elaboradores do Plano Nacional de Banda Larga é de chegar a 72% dos lares em 2014.
A ação governamental se faz mais do que necessária para a evolução da banda larga no país, salienta a Pyramid Research. Isso porque, salienta o estudo, as operadoras concentram seus investimentos nas grandes cidades e na região Sudeste do país.
Poucos provedores, salienta a Pyramid, assumem projetos para levar o serviço para as áreas remotas ou rurais. Neste cenário, prossegue a consultoria, a participação do governo para massificar o acesso à banda larga, como instrumento de desenvolvimento econômico e social, é indispensável.
No entanto, a consultoria duvida da eficácia das metas programadas para o Plano Nacional de Banda Larga, especialmente, porque para liderá-lo foi escolhida uma empresa estatal, referindo-se à reativação da Telebrás. "A participação do governo é necessária, haverá, sim, um incremento dos acessos, mas houve uma tendência forte de intervencionismo", observa Luis Portela, analista da Pyramid.
Ainda na sua análise, a Pyramid salienta que apesar de o plano de banda larga possuir forte foco na banda larga fixa, no acesso de última milha, as teles móveis e as operadoras de cabo despontam como as grandes beneficiárias do backbone nacional governamental.
E mesmo acreditando que para o PNBL, o governo mexerá num ponto sensível ao setor - a alta carga tributária - uma vez que haverá, sim, benefícios fiscais para levar o serviço às classes de menor poder aquisitivo, a consultoria insiste numa posição crítica. "Sabemos que o Governo tem um papel crucial no jogo da banda larga, mas tememos que o pêndulo tenha balançado demais para a abordagem intervencionista", conclui o estudo.
Site: Convergência Digital
Data: 23/09/2010
Hora: 16h15
Seção: Internet
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Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23828&sid=4