Usuário não é gerador de conteúdo para marcas
Para Edney Souza, da Pólvora Comunicação, coordenador da mesa “Integração de mídias”, há plataformas de conteúdo em demasia. “Não precisamos de mais. E há também um erro crasso de achar que o usuário vai gerar conteúdo para a marca, que o consumidor vai tirar foto, fazer vídeo de graça para a empresa”, pontuou.
A velha-nova discussão sobre o fim do livro e das mídias impressas também esteve presente, assim como a reiteração de que a proposta da tecnologia não é de substituição: “Chega uma hora em que as pessoas querem ler um bom livro e elas vão ler em papel, o professor, por exemplo, vai querer riscar a tese de um aluno e por aí vai”, disse a professora do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, Cláudia Werner, que também tocou em outro assunto sempre motivo de análises, estudos, artigos e conversas já há alguns anos: o excesso de informações a que todos estão expostos diariamente. Mas com uma ponta de otimismo: “Os adultos têm como saber e filtrar, mas depois de um tempo até as crianças e adolescentes conseguem fazer isso”.
Cláudia ressaltou ainda outro ponto “batido” durante todo o Rio Info 2010: o atraso na área de engenharia de software para a criação de aplicativos para TV digital. “Hoje, é como se eu saísse da minha nirvana das interatividades e tivesse que trabalhar linha a linha, descer quase no nível de sistema operacional.”