O mercado ainda é tímido. Mesmo assim, Oracle, Microsoft e outros grandes fornecedores se preparam para a oferta de soluções integradas.
As demandas por informações preditivas expõem as fragilidades das tecnologias tradicionais de gestão e impulsionam o desenvolvimento de plataformas altamente especializadas.
Os novos sistemas são desenvolvidos para analisar vastos conjuntos de informações de maneira mais eficiente do que permitem os produtos de BI. Para dar conta desse processamento e gerir de maneira otimizada as informações e a entradas de dados através de múltiplos dispositivos, eles unem ferramentas para comunicação, soluções de storage e sofisticadas bases de informações.
Pesquisa realizada pela Data Base Associates Inc. ouviu 168 empresas que ainda não usam tecnologias avançadas de Business Analytics.
"Nos últimos anos, o entendimento acerca da importância de ferramentas específicas para análise e sua contribuição para o desenvolvimento dos negócios têm aumentado significativamente", diz Adrian. "As novas ferramentas devem dar conta de calcular informações altamente complexas e em tempo real”, completa.
A maioria dos produtos emergentes é desenvolvida por fornecedores relativamente pequenos, com a Netezza, a Vertica, a Aster Data, a Greenplum e a ParAccel. Ainda em fase de expansão, o potencial mercado para essas soluções é relativamente pequeno; gravita em trono dos 500 milhões de dólares. O suficiente para os grandes fornecedores de sistemas de análise de base de dados prestem atenção em seus avanços e comecem a participar de forma mais agressiva no mercado.
Foi o caso da IBM, que, em setembro de 2010, anunciou intenção de compra da Netezza por 1,7 bilhão de dólares. Um mês antes, a Terradata, fornecedora de aplicativos de alto desempenho para data warehouses, comprou a Kickfire, uma startup desenvolvedora de soluções de BA.
"Em parte, a damanda por BA é fomentada por interesse crescente por parte de corporações em analisar dados estruturados junto com informações de origem, não estruturadas”, afirma Adrian. Cada vez mais, as empresas se interessam por soluções que façam a análise de dados em tempo real e a partir de dados em forma de texto, imagens, conteúdo em vídeo e em formato de áudio.
O estudo da Beye demonstrou que praticamente 45% dos respondentes alimentam suas plataformas de BA com dados no formato XML. Em 24%, os dados vêm de forma não estruturada. Para outros 23% as informações são colhidas a partir de logs de web. Acontece que sistemas de gestão de bases de dados tradicionais não foram desenvolvidos com o objetivo de interpretar outros formatos de dados.
“As tecnologias atuais foram desenvolvidas para ler conjuntos de dados em formato predefinido. Diferente do que acontece atualmente, quando se exige que os sistemas consigam interpretar informações em tempo real e de múltiplos formatos”, completa Adrian.
Segundo Adrian, é exigido mais e mais dos sistemas de gestão de bases de dados que sejam integrados às soluções de BA. Essa demanda pressiona muitos fornecedores a implementarem o suporte às soluções de BA em suas plataformas. Entre eles, empresas consagradas e tradicionais como a IBM, a Microsft, a Oracle e a SAS.
Site: Computerworld
Data: 15/12/2010
Hora: 16h18
Seção: Tecnologia
Autor: ------
Link: http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2010/12/14/business-analytics-desafia-limites-dos-bancos-de-dados/