Duckgo denuncia navegação insegura no Google

05/01/2011

Um anúncio no mínimo provocante foi feito por Gabriel Weinberg, gestor do site de buscas Duckduckgo e fazia referência sobre a falta de privacidade que o Google impõe aos usuários de seu site de buscas.

No site donttrack.us, um história ilustrada informa de que maneira as informações do usuário são supostamente capturadas pelo mecanismo de buscas para posterior exploração comercial. Entendeu? Ok, em miúdos:

De acordo com a história do donttrack.us, cada vez que um usuário realiza uma busca no Google, o site armazena informações sobre localização, sistema operacional, navegador e, se o internauta estiver logado no serviço de emails do Google, o Gmail, pode associar as buscas ao perfil.

Na verdade isso acontece mesmo, mas não só no Google. Você já percebeu que depois de realizar uma busca no Mercadolivre (quem nunca visitou o ML?) ofertas muito parecidas com o produto que procurava no site começaram a aparecer no topo da homepage do site quando você voltava a visitar o Mercadolivre? Então, as informações extraídas pelo cookie que o site de vendas campeão da AL exibe são resultado de de informações que colheu em sua última visita. Quando o servidor percebe que a mesma máquina é usada para acessar o site, aproveita e joga-lhe na homepage exatamente produtos relacionados à sua última busca.

O que ocorre com o Google é algo semelhante. Mas existe a ressalva de os assuntos pesquisados no Google, muitas vezes, poderem denotar condições de saúde ou circunstâncias que podem comprometer o direito inviolável à privacidade.

Os argumentos do donttrack.us não são ruins, e vale a pena pensar neles. Determinada hora, o autor do conteúdo propõe que se pense no motivo e na dinâmica que permitem ao Google armazenar as informações sobre local e palavras-chave buscadas.

O Google Analytics informa detalhes dos acessos aos sites munidos com o recurso e comunicam a estrutura tecnológica usada (hardware, software, tipo de conexão etc.).

Perguntado sobre a maneira de se “defender” desse tipo de coleta de informação, Rafael Silva- Coordenador de SEO da AD.Brazil, sugere usar o prefixo https em navegações buscas no Google. Para tal, basta entrar no site e modificar o começo da linha na barra de endereços e adicionar o “s” no final do http. O “s” a mais no prefixo, provoca que seja realizada uma conexão criptografada com SSL. Assim que realizar essa modificação, o internauta é levado para um site beta da Google. Atenção, se for usar o navegador Chrome da Google, insista no posicionamento do “s” até ver todo o prefixo https. Por algum motivo obscuro, não é possível visualizar o prefixo http no browser de Eric Schmidt. O mesmo não acontece com os browsers Firefox e Internet Explorer ou Safari.

Em tempo: se gosta do Google Instant e quer usar o https, esqueça. os dois não se entendem.
Sobre o uso do https, Rafael ressalta “Acho que alguém deve usar só se quiser esconder a origem do seu clique. Mas não acho isso bom pra internet…” Mas o que Rafael acha negativo nesse recurso? Por quê não usar?

Para o profisionalde SEO, as consequências da adoção em massa desse recurso podem prejudicar os negóccios na web. “é ruim para o marketing digital. O Google, ou até mesmo o duckduckgo, ainda terão essa informações…”. Terão?

Procurado para falar sobre o aassunto, Weinberg até o fechamento desse post não respondeu aos nossos pedidos de explicação sobre como pretende mantar o buscador economicamente viável. As conexões no duckduckgo são, por padrão, seguras por SSL.

Rafael desenvolve seu raciocínio sobre a confabilidade de ações tais como a de Weinberg ” (os mecanismos de busca) vão se aproveitar delas (das informações) para interesses comerciais, só que de forma diferente e, no meu ponto de vista, ruim pra internet”, completa.

E você, leitor, o que acha da discussão?

Site: IDG Now!
Data: 04/01/2011
Hora: 16h12
Seção: ------
Autor: ------
Link: http://idgnow.uol.com.br/blog/jornalismoonlineseo/2011/01/04/duckgo-denuncia-navegacao-insegura-no-google/