A indústria de PCs não pode reclamar do ano de 2010. Os microcomputadores e os celulares - que reagiram e voltaram a vender - contribuíram para que o varejo alcançasse em novembro de 2010, a sua melhor performance de vendas, segundo dados divulgados pelo IBGE. O crescimento do setor foi de 1,1% em relação a outubro, no sétimo mês consecutivo de taxas positivas. Na área de informática, a alta nos onze meses do ano passado ficou em 23,8%. Um dos grandes motivadores foi a queda de 9,3% no preço ao consumidor dos microcomputadores.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta quarta-feira, 12/01, os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação responderam pela sétima contribuição para a formação da taxa do varejo e a oitava do varejo ampliado.
A atividade acumulou altas de 23,8% nos onze meses de 2010 e de 21,3% nos últimos 12 meses. Explicam o desempenho o aumento de renda; a retomada do crédito; a queda de preços dos produtos do gênero, principalmente os microcomputadores (-9,3% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA); e a ampliação das vendas de celulares.
Em novembro, ainda de acordo com dados do IBGE, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,1% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,2%. Com tais números, o setor completa sete meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de 11 meses em receita nominal.
Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 9,9% (sobre novembro de 2009), 11,0% no acumulado em 2010 e 10,8% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 14,8%, 14,4% e de 14,1%, respectivamente.
Dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee) apontam que os netbooks venderam mais que os desktops pela primeira vez no Brasil em 2010. O levantamento preliminar indica 7,15 milhões de laptops vendidos em 2010 (soma de notebooks e netbooks), um aumento de 39% em relação a 2009. As vendas de desktops se mantiveram estáveis e totalizaram 6,85 milhões de unidades. Segundo a entidade, as vendas de laptops responderam por 51% do total, contra 49% dos desktops.
A indústria brasileira de PCs, de acordo com a Abinee, deve vender 14 milhões de equipamentos em 2010, número que, se confirmado, representará alta de 17% em relação aos 12 milhões de PCs comercializados em 2009. A expectativa é que em 2011, os números cresçam cerca de 14%, atingindo aproximadamente 16 milhões de PCs vendidos no país.
*Com informações do IBGE
Site: Convergência Digital
Data: 12/01/2011
Hora: 10h
Seção: Negócios
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=24789&sid=5