Segurança da Informação ganhará ainda mais destaque dentro das empresas em 2011.

01/02/2011

Este ano promete ser marcado pelo o que os especialistas estão chamando de “Terceira Era dos cibercrimes”. Após os hackers amadores e seus vírus para PCs, e depois da fusão entre o crime organizado e as novas tecnologias para internet, chegou a vez dos governos e, principalmente, das empresas começarem a se preocupar com as invasões cibernéticas. Isso porque os criminosos atuais não estão mais interessados em conquistar apenas reconhecimento pelo seu trabalho. Eles passaram a aplicar seus golpes visando ganhos financeiros, transformando as empresas em seus melhores alvos.

Com o constante aumento de casos de espionagem, sabotagem e roubo de dados promovidos pela web, muitas empresas passaram a dar atenção especial para a proteção de suas informações, mas muitas barreiras ainda estão pela frente. De acordo com o relatório liberado em janeiro de 2011 pela Symantec, corporação reconhecida mundialmente por oferecer softwares e serviços contra o maior número de riscos, as pequenas e médias empresas só priorizam a defesa de seus dados após sofrer algum tipo de ataque, o que pode ser prejudicial para seus negócios.

Tendo em vista esses desafios que chegam com a nova década e a crescente necessidade de assegurar informações confidenciais, o setor de Segurança da Informação torna-se uma prioridade dentro das empresas. Sua responsabilidade é garantir que um sistema não seja atingido por ataques, ou até mesmo por erros não intencionais.

Os avanços tecnológicos trazem novas dificuldades para os profissionais dessa área. De acordo com especialistas, os fornecedores de infraestrutura crítica investirão ainda mais em backup, recuperação de dados, criptografia e armazenamento e gerenciamento de informações. Além disso, com a sofisticação dos dispositivos móveis, é grande a probabilidade que a maior parte dos ataques se voltem para eles.

Nesse contexto surgem oportunidades. A preocupação com a contenção do vazamento de dados, com questões regulatórias e em garantir que as informações confidenciais não saiam de dentro do sistema das empresas demandará um forte investimento para a prevenção e análise de riscos. Com isso, profissionais do ramo de todo o mundo e empresas especializadas em segurança já estão atentos às novas demandas do mercado. E no Brasil não é diferente. As empresas e os profissionais especializados estão unindo forças para combater as novas ameaças.

A prova desse interesse que cresce cada dia mais são os muitos cursos e workshops que vêm sendo promovidos. No último dia 19 de janeiro, por exemplo, a Clavis Segurança da Informação, associada do SEPRORJ, promoveu um Workshop voltado para Perícia Forense Computacional, que apresentou técnicas e oportunidades de mercado. O evento foi realizado em parceria com a Riosoft, localizada no Centro da cidade do Rio de Janeiro, e contou com três renomados profissionais da área da segurança da informação que ministraram palestras sobre o assunto. O sucesso foi tanto que os organizadores já se prontificaram a realizar novas edições no mesmo formato trimestralmente e sem cobrar nada.

O fato é que o avanço cada vez mais rápido da tecnologia faz com que as ameaças também evoluam em um ritmo acelerado, e é necessário que as técnicas empregadas para a Segurança da Informação consigam acompanhar essa evolução com a mesma velocidade. A nova era de cibercrimes movimentará as empresas e o mercado de segurança da informação. Basta ficar atento e aproveitar as oportunidades que estão por vir.

Nathalia Menezes

Edição: Priscila Thereso