Pequenas e médias empresas não estão preparadas para desastres

01/02/2011

Essa falta de preparação tem impacto financeiro negativo, confirma estudo da Symantec.

Apesar de estarem em risco, as pequenas e médias empresas (PMEs) “continuam a não considerar a preparação contra desastres uma prioridade, até realmente terem a experiência de um desastre ou de fugas de informações”, revela a Symantec em comunicado, a partir dos dados do seu estudo anual “SMB Disaster Preparedness Survey“, realizado entre Outubro e Novembro de 2010, pela Applied Research, com profissionais de TI responsáveis por redes informáticas e recursos tecnológicos em pequenas e médias empresas. E que incluiu mais de 1840 respondentes de 23 países na América do Norte, América Latina, região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e região Ásia-Pacífico.

O estudo revela “que os custos desta falta de preparação são elevados, e colocam as PMEs em risco de serem forçadas a fecharem as portas”, até porque a interrupção do serviço custa “milhares de dólares, como também leva os clientes a procurarem alternativas”.

“As PMEs ainda não reconheceram o tremendo impacto que um desastre pode ter no seu negócio”, afirma Bernard Laroche, Senior Director de SMB Product Marketing da Symantec. “Os desastres acontecem e as PMEs não podem correr o risco de perderem a sua informação, ou, mais importante, a informação crítica dos seus clientes. Um simples planejamento pode permitir às PME protegerem os seus dados em caso de desastre, o que por seu lado pode ajudá-las a reforçar a relação de confiança com os seus clientes”.

Segundo os dados do estudo, “metade das empresas pesquisadas não tem um plano implementado, 41% disseram nunca ter pensado na criação de um plano, e 40 afirmaram não considerarem prioritária a preparação contra desastres”. Isto quando 60% dos respondentes “tem o seu negócio em regiões susceptíveis a desastres naturais”.

Menos de metade faz backups dos seus dados semanalmente, ou com maior frequência, e apenas 23% o faz diariamente.

No último ano, “as PMEs sofreram seis interrupções de serviço em TI, com os ciberataques, as falhas de energia e os desastres naturais apontadas como as principais causas para estas interrupções”. Só depois de sofrerem interrupção de serviço ou perda de dados é que metade das PMEs implementou planos de preparação contra desastres.

Falta de preparo gera impactos nos negócios
As catástrofes podem ter um impacto financeiro significativo sobre as PMEs. O custo médio do tempo de inatividade para um SMB é de 12.500 dólares por dia. As interrupções já causaram perda de clientes para 54% dos entrevistados, um aumento de 12% comparado ao resultado do estudo no ano passado. Este tempo de inatividade também pode tirar a empresa do negócio.

Os clientes de pequenas e médias empresas também reportaram efeitos consideráveis em seus próprios negócios. A inatividade de PMEs pode acarretar perdas de 10.000 dólares por dia, em média, aos seus clientes. Além de custos financeiros diretos, 29%dos clientes pesquisados perderam "alguns" ou "muito" dados importantes, como resultado de catástrofes que afetaram seus fornecedores PMEs.

Recomendações
A pesquisa descobriu que 36% das pequenas e médias empresas pretendem criar um plano de preparação para as catástrofes no futuro. A Symantec oferece as seguintes recomendações:
 
• Não espere até que seja tarde demais - é essencial para pequenas e médias empresas que não esperem até depois de um desastre para pensar sobre o que eles deveriam ter feito para proteger suas informações. Não é apenas o tempo de inatividade oneroso do ponto de vista financeiro, mas isso poderia significar o desaparecimento completo do negócio. Pequenas e médias empresas não podem esperar até que seja tarde demais, e precisam começar a traçar um plano de preparação para as catástrofes de hoje. Um plano deve incluir a identificação dos principais sistemas e dados que são intrínsecos ao funcionamento do negócio. Basicamente, identificar seus recursos críticos.

• Proteger completamente as informações - Para reduzir o risco de perder informações críticas de negócios, as PMEs devem implementar a segurança apropriada e soluções de backup de arquivos importante como registros de clientes e informações financeiras. As catástrofes naturais, falhas de energia e ataques cibernéticos podem resultar em perdas financeiras e de dados. Portanto, as PMEs precisam ter certeza de arquivos importantes estão guardados não apenas em um disco rígido externo e / ou a rede da empresa, mas de forma segura, fora do local.

• Envolver os funcionários - trabalhadores das PMEs desempenham um papel chave para ajudar a evitar muito tempo de inatividade, e devem ser educados sobre as melhores práticas de segurança no uso dos computadores e o que fazer se a informação for acidentalmente apagada ou não puder ser facilmente encontrada em seus arquivos. Uma vez que as PMEs têm poucos recursos, todos os funcionários devem saber como recuperar as informações das empresas em tempos de desastre.

• Testar com frequência - o pior momento após o desastre é saber que arquivos importantes não foram protegidos como planejado. Testes regulares de recuperação de desastres são indispensáveis. Teste o seu plano de mudanças a qualquer momento.

• Rever o plano - Se a realização de testes freqüentes não forem viáveis devido aos recursos e a largura de banda, as PMEs devem, pelo menos, rever o seu plano de preparação para desastres a cada três meses.

Site: CIO
Data: 31/01/2011
Hora: 13h27
Seção: Tecnologia
Autor: ------
Link: http://cio.uol.com.br/tecnologia/2011/01/31/pequenas-e-medias-empresas-nao-estao-preparadas-para-desastres/