Maioria dos gestores julga impraticáveis planos estratégicos de suas empresas

06/04/2011

Estudo com 1800 gestores, em todo o mundo, aponta que em 43% dos casos de fracasso as companhias sequer dispunham de uma roadmap consistente e diferenciada.

Pouco mais da metade dos gestores (52%) acredita que os planos estratégicos de suas empresas são impraticáveis, revela recente levantamento realizado pela empresa de pesquisas Booz. O estudo foi feito com 1.800 gestores, em todo o mundo, e aponta que em 43% dos casos de fracasso as companhias sequer dispunham de uma roadmap consistente e diferenciada.

Planos concretos, e divididos por todas as hierarquias das empresas, foram encontrados em apenas 13% das organizações.

Mesmo a existência de um plano estratégico não é garantia de sucesso. Para metade dos entrevistados, falta comunicação das metas aos envolvidos. Em 26% dos casos, a má gestão do tempo é responsável pela falência dos planos. Segundo os entrevistados, muitos planos envolvem a análise de dados de pouca ou nenhuma relevância.

Ocorre que, preocupados em crescimento e expansão, as empresas desenvolvem várias táticas sem chegar a um plano que mereça ser chamado de estratégico. Novamente, apenas a metade dos gerentes afirmou embutir um componente estratégico nos processos.

Pior. Na opinião de 20% dos entrevistados, os planos de expansão de suas empresas resultaram em perdas, em vez de gerar o retorno esperado.

Dificuldades
Segundo 56% dos entrevistados, o processo mais demorado é o de tomada de decisões diárias. Em segundo lugar, com 54%, há problemas com a aplicação prática das ações dos planos. Finalmente, 50% dos gerentes afirmaram não haver uma diferenciação clara dos objetivos estratégicos.

Os pesquisadores quiseram saber qual parte no planejamento estratégico de suas organizações causa maior frustração. Para 82%, as recomendações desencontradas, dadas por vários departamentos da empresa, são  o maior problema. Outros 64% disseram haver contradições claras nos objetivos prioritários.

Prioridades
Com base nas evidências, os pesquisadores da Booz chegaram a uma conclusão sobre os planos estratégicos: quanto menos prioridades, mais chances de sucesso há.

Na visão de 44% dos entrevistados, planos com três pontos prioritários são ideais. Mais que isso pode ameaçar a concretização bem sucedida do projeto.

Site: IDG Now!
Data: 05/04/2011
Hora: 07h10
Seção: Computação Corporativa
Autor: Andrea König
Link: http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2011/04/05/maioria-dos-gestores-julga-impraticaveis-planos-estrategicos-de-suas-empresas/