O IBGE divulgou na última sexta-feira, 15/4, a Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI) referente ao ano de 2009. As informações coletadas revelaram que, naquele ano, a receita bruta de serviços e subvenções das empresas de TI atingiu R$ 39,4 bilhões. Do total, 43% concentram-se em três produtos e/ou serviços: desenvolvimento e licenciamento de uso de software customizável (personalizável) no país, consultoria em sistemas e processos em TI, e software sob encomenda para projeto e desenvolvimento integral ou parcial.
Já a produção nacional de software (customizável, não customizável, sob encomenda e embarcado) alcançou R$ 13 bilhões, o equivalente a três vezes a receita de representação e/ou licenciamento de softwares estrangeiros (R$ 4,4 milhões). Segundo Roberto Saldanha, gerente da PSTI, a crescente na produção nacional significa o aumento do valor agregado dos produtos e o consequente desenvolvimento em capacitação que esse valor exige. “As empresas responsáveis por essa produção são predominantemente as micro, pequenas e médias, que ocupam uma parcela de 5% no total da receita bruta”, disse Saldanha.
Na PSTI houve uma divisão das empresas conforme o grau de especialização ou diversificação. As empresas altamente especializadas, que trabalham somente com um produto totalizam 46,4%, as especializadas com diversificação (de 2 a 4 produtos) 42,7%, enquanto empresas diversificadas (5 a 9 produtos) e as altamente diversificadas (com 10 ou mais produtos) somam 10,9%.
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Exportação do software nacional
O Brasil exportou R$ 2,1 bilhões (US$ 1,1 bilhão) em 2009, e o principal destino foi os EUA, mercado altamente competitivo. Mas o índice do Brasil ainda precisa melhorar muito, se comparado com outros países em desenvolvimento. A Índia exportou US$ 50 bilhões, sendo a campeã, seguida de Alemanha (US$ 17,9 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 13,4 bilhões).
Das exportadoras brasileiras, as empresas altamente especializadas eram maioria, com 46,4% do total da receita bruta de serviços, e as especializadas com diversificação representaram 45,5% da receita. As empresas diversificadas e as altamente diversificadas totalizam 26,5% da receita.
Desse resultado sobre as exportações por atividade principal, com maior índice estão as empresas que trabalham com o desenvolvimento de programas customizáveis (55,8%). Quase empatadas estão as que trabalham com desenvolvimento de programas não customizáveis e consultoria em tecnologia da informação (19% e 15,1%, respectivamente).
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A PSTI também comprovou que a demanda maior é pelo setor de serviços em TI, que foi responsável por 51,8% da receita bruta. Dentro desse percentual, as atividades de finanças e de telecomunicações se destacam com 18,3% e 10%, respectivamente.
Priscila TheresoJornalismo | SEPRORJ