Investimentos em pesquisa devem representar 1,9% do PIB, até 2014

28/04/2011

Os recursos serão oriundos do governo e da iniciativa privada. CNPq destaca que, em paralelo, quer dobrar número de engenheiros no país.

O Plano de Ação para Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, desenvolvido pelo Governo Federal, prevê que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento no Brasil saltem do atual índice de 1,13% do PIB (Produto Interno Bruto) para 1,9%, até 2014.

Apesar do crescimento esperado, o volume ainda fica abaixo de países como os Estados Unidos, onde esse índice é de cerca de 2,7%, mas acima de mercados como a China, no qual essa proporção fica próxima de 1,5%.

Em entrevista divulgada no site Portal Brasil, Glaucius Oliva, presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) – um dos órgãos que têm apoiado o Ministério da Ciência e Tecnologia na execução do Plano –, destacou que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento vão depender do setor público mas, principalmente, da iniciativa privada. Ele projeta que dos 1,9% do PIB, as empresas devem responder pelo 1% dos investimentos totais (mais do que o dobro do percentual atual, de 0,48%), enquanto o Estado tende a passar dos atuais 0,65% para 0,9%.

Também durante a comemoração dos 60 anos do CNPq, Oliva lembrou que está formatando uma proposta voltada a dobrar o número de engenheiros formados no Brasil, nos próximos cinco anos. A iniciativa quer evitar um apagão de mão de obra qualificada no País.

“Não há como o país avançar para a quinta posição entre as economias do planeta se não provermos educação básica de qualidade e, em particular, em matemática e ciências”, avaliou o presidente do CNPq.

Site: Olhar Digital
Data: 27/04/2011
Hora: 17h04
Seção: Digital News
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