Os profissionais de Tecnologia da Informação na América Latina citam a fuga de informação ou perda de dados, como a principal preocupação em matéria de segurança informacional, com 42,52% do total de respostas, de acordo com estudo divulgado pela ESET, provedora global de soluções de segurança.
O levantamento constata ainda que o grau de conscientização sobre o valor da informação se encontra em franco crescimento, e os incidentes relacionados a isso inquietam profundamente as organizações, tanto devido aos custos associados quanto pelos riscos relacionados à reputação da empresa. Além disso, a ampla repercussão do caso Wikileaks, no final de 2010, contribuiu para colocar o problema em evidência.
Em segundo lugar está o malware com 35,36% dos votos, preocupação que se mantém no pódio em todos os ESET Security Reports já feitos. Malware, identificado como preocupação por uma de cada três pessoas, são ameaças automatizadas que afetam usuários e organizações ao redor do mundo. Nesse sentido, vale destacar que 38% das empresas foram infectadas por malware em 2010.
No entanto, é interessante notar que 17% dos entrevistados relataram não ter sofrido qualquer incidente de segurança no ano passado, o que pode indicar realmente a ausência de incidentes de segurança nessas empresas, ou ainda a falta de conhecimento quanto à existência de ameaças, já que apenas uma em cada quatro empresas manifestou contar com ferramentas de detecção de incidentes.
Seguindo essa tendência, é importante notar que apenas quatro de dez pessoas indicaram que tem em suas empresas ferramentas de detecção de incidentes, outro valor baixo considerando a grande preocupação com a perda de dados. Nesses casos, destacam-se como as medidas de segurança mais populares em empresas na América Latina software antivírus, cópias de backup, firewall e ferramentas anti-spam.
O crescimento do uso de redes sociais adiciona uma nova questão para a política de segurança das empresas. Enquanto 36,2% das empresas latino-americanas permitem a livre utilização de todos os tipos de redes sociais, 29,8% bloqueia totalmente o acesso a elas - uma questão que mostra que ainda não existe uma tendência clara sobre permitir ou impedir o acesso de funcionários. Somado a isso, 50% dos usuários pensam que não há códigos maliciosos nas redes sociais.
"É importante destacar que o fato de permitir o uso de redes sociais na empresa não significa necessariamente uma exposição indiscriminada aos riscos aos códigos maliciosos. No entanto, é importante que as organizações saibam quais medidas preventivas devem ser tomadas para evitar incidentes que poderiam afetar a empresa", disse Sebastian Bortnik, Coordenador de Awareness & Research da ESET América Latina. Para realizar o estudo, a ESET ouviu 3200 empresas.
Site: Convergência Digital
Data: 28/04/2011
Hora: 13h20
Seção: Segurança
Autor: ------
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=26075&sid=18