Plano de banda larga faz um ano sem sair do papel

Um ano depois de criado, o Plano Nacional de Banda Larga, uma das bandeiras do ex-presidente Lula e da campanha eleitoral da presidente Dilma Roussef, continua sem sair do papel. Lançado através de decreto em 12 de maio de 2010, o PNBL prometia instalar conexão de alta velocidade a R$ 35 por mês em 100 cidades brasileiras até dezembro último; o prazo depois foi adiado para abril de 2011, e agora não há mais previsões de quando as prometas serão concretizadas.

O PNBL prevê cobrir com rede de pelo menos 512Kbps um total de 4.278 municípios até 2014, mas os orçamentos apresentados pelo governo um ano atrás não são mais viáveis.

Segundo o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Álvarez, o corte de recursos destinados à Telebrás irá atrasar a implantação do Plano. A estatal foi reativada pelo ex-presidente Lula para executar o projeto, mas não conseguiu até agora utilizar sua rede de fibra óptica, nem negociar o uso das linhas pertencentes às operadoras privadas. "Sem orçamento, não tem como cumprir meta", explicou o presidente da empresa, Rogerio Santanna.

"As coisas que acabaram refletindo em atraso estavam fora de nossa governabilidade", observou, usando como exemplo o atraso do fechamento do contrato com a Petrobras e a Eletrobras para uso de suas redes e o contingenciamento de recursos.

Apesar de não conseguir entregar nem uma conexão até agora, Santanna garante que a meta para 2014 está mantida. Segundo ele, a Telebrás aumentou seu número de funcionários de cinco para 150 e já assinou contratos de licitação no valor total de R$ 207 milhões.

Site: Home Theater
Data: 18/05/2011
Hora: 10h25
Seção: Notícias
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