Megaeventos esportivos que serão sediados pelo país impulsionam os negócios da empresa em solo nacional.
O Brasil é a aposta da vez. Essa frase é unanimidade entre os executivos de empresas que estão desembarcando ou ampliando o investimento no País. Concorda o vice-presidente sênior de Soluções e Plataformas e Negócios Emergentes da Autodesk, Amar Hanspal. “É uma região muito importante para nós, por isso projetamos expansão de 12% na receita no ano fiscal 2012 (iniciado em 31de janeiro) e há boas perspectivas”, afirma.
Hanspal diz que países em desenvolvimento estão no foco da Autodesk, que comercializa programas de software 3D para projetos. No último ano fiscal, globalmente, a companhia faturou US$ 1.95 bilhão, 15% da receita veio de mercados emergentes, como o Brasil. Por aqui, a empresa dobrou o número de funcionários nos últimos três anos e o executivo diz ainda que a companhia pretende ampliar o número de parceiros nos próximos anos. Resultados direto da demanda.
Com a realização da Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 as oportunidades aumentam. As cidades estão se movimentando para renovar a infraestrutura e garantir crescimento sustentável. “Grande parte de nossos clientes é composto por construtoras, empresas de manufatura, arquitetura, transportes e energia, que estão envolvidos em projetos para preparar o País para esses eventos”, aponta.
Entre os clientes da companhia estão Petrobras Transporte, Odebrecht e Figueiredo Ferraz, que utilizam os softwares da Autodesk para projetar empreendimentos, monitorar obras etc.
Na opinião de Márcio Reis Pinto, gerente de Marketing da Autodesk, o Brasil cresceria mesmo se os eventos não fossem realizados no País. “Segmentos como mineração e energia têm requisitado muitos projetos”, aponta. Mas, segundo ele, não há dúvidas de que esses acontecimentos trazem um senso de urgência para a modernização das cidades.
Apoio ao cliente
Para ajudar os usuários a obter sucesso em seus segmentos, independentemente da preparação para os megaeventos, explica Hanspal, a Autodesk atua por meio de três frentes. A primeira delas é a disponibilização de produtos que possibilitam baixo custo de propriedade, entre eles o AutoCAD (carro-chefe da companhia) e o Civil 3D. “Nos certificamos sempre de que nossas tecnologias possibilitam rápida entrega de projetos, com interfaces simplificada”, pontua.
Ele afirma ainda que neste ano a empresa passou a empunhar a bandeira da integração. “Com a oferta integrada de computadores, dispositivos móveis como iPhone e iPad e nuvem, a Autodesk faz um avanço significativo para tornar nossas tecnologias mais acessíveis e flexíveis”, diz Hanspal. Um benefício apontado por ele como importante, “já que o mundo está cada vez mais móvel e muitos profissionais que usam as nossas soluções ficam em campo”.
A Autodesk possui ainda, prossegue, um time de profissionais especializados tecnicamente para poder sanar dúvidas, além de um grupo de parceiros que ajuda na implementação e no suporte das plataformas.
A terceira frente é a capacitação de profissionais por meio dos Centros de Treinamento Autorizados da Autodesk (ATC) e de parcerias com instituições de ensino. No ano passado, por exemplo, a companhia, em conjunto com o Centro Paula Souza e o Governo do Estado de São Paulo, capacitou gratuitamente mais de mil profissionais que estavam fora do mercado de trabalho em soluções Autodesk.
“O desafio das organizações hoje é encontrar mão de obra especializada. Queremos eliminar esse gargalo e por isso oferecemos programas como esses”, assegura o executivo.
As plataformas da Autodesk, afirma, estão em linha com as necessidades do preparar cidades que serão sedes dos jogos. Para ele, os diferenciais estão na usabilidade e flexibilidade. “É possível visualizar em 3D como ficarão estádios e outros tipos de empreendimentos antes que fiquem prontos”, explica.
Nas Olimpíadas de Inverno de Vancouver, no Canadá, clientes da Autodesk utilizaram as ferramentas da empresa para controlar o tráfego da cidade. “Esse pode ser um legado para o Brasil também”, afirma.
Outro exemplo citado por ele é a utilização dos software no setor de mídia e entretenimento. As plataformas da Autodesk ajudaram na produção do filme Avatar. “O Maya foi usado para desenvolvimentos dos famosos personagens azuis. O trabalho rendeu o Oscar de Filme com melhor Efeitos Especiais”, diz o vice-presidente sênior de Soluções e Plataformas e Negócios Emergentes da Autodesk.
Site: Computerworld
Data: 03/06/2011
Hora: 14h24
Seção: Tecnologia
Autor: Déborah Oliveira
Link: http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/06/03/autodesk-amplia-atuacao-no-brasil-em-projetos-de-infraestrura/