Indústria brasileira de serviços de TI terá expansão de 46% até 2014

08/06/2011

A indústria brasileira de serviços de TI deve gerar receita em torno de US$ 15 bilhões neste ano, cifra que tende crescer 46% até 2014, para cerca de US$ 22 bilhões. Apesar disso, frisou o Gartner, os CIOs brasileiros estão atrasados em relação ao resto do mundo na adoção de estratégias de cloud computing.

O Brasil responde por aproximadamente 50% da América Latina, onde a receita do mercado de outsorucing de TI alcançará US$ 33 bilhões neste ano e US$ 44 bilhões em 2014, contabilizando expansão de 33%.

O desempenho revela que o Brasil e a América Latina estão registrando aumentos mais acelerados que a indústria global, que deve apurar alta menos acelerada de 9,5% no período, saltando de US$ 862 bilhões neste ano, para US$ 944 bilhões em 2014.

De acordo com Allie Young, ,vice-presidente de pesquisas do Gartner, a América Latina, que atualmente responde por 4% do mercado mundial de serviços, passará a representar parcela de 5% em 2014. O desempenho muito positivo do Brasil no setor, efeito da aceleração da economia no país, é o principal motor de crescimento do segmento na América Latina.

Entre as oportunidades para a evolução do mercado de serv,iços de TI no Brasil, Allie ,citou a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpícos de 2016, a intensa demanda do mercado local, e a diversa expansão do foco de atuação dos provedores de serviços.

Já como as principais barreiras, a analista mencionou a pequena perspectiva sobre o impacto dos servicos de TI nos negócios, o fato das estratégias de serviços de TI não estarem alinhadas com o negocio consistentemente, a pequena adoção e falta de estratégias explicitas de cloud computing e o pequeno investimento por parte das empresas em organização e gerenciamento de sourcing.

O pequeno nível de adoção de computação em nuvem pelas empresas brasileiras, inclusive, foi motivo de surpresa para o Gartner, conta o vice-presidente de pesquisas da empresa, Cassio Dreyfuss. Segundo ele, o Brasil em 2009 era o país em que as empresas tinham a maior taxa de intenção de adoção de cloud comptuing, o que fez a companhia projetar uma adoção bastante acelerada de computação em nuvem pelas empresas do país. “Aí veio o ano de 2010 e nada. A adoção foi muito pequena. Depois de liderar em intenção em 2009, o Brasil já apareceu atrás de diversos países em 2010”, disse.

Fato que ilustra essa falta de interesse pode ser observado em pesquisa realizada pelo Gartner, que apontou que 80% dos CIOs entrevistados no Brasil não têm intenção de realizar uma estratégia de cloud computing nos próximos três anos. Somente 10% disseram que utilizam ativos contratatos no modelo de cloud. O fato dos provedores globais de cloud ainda não terem trazido para o Brasil todo portfólio de serviços ofertados no exterior e a questão da grande preocupação com riscos de segurança e gestão foram os aspectos enfatizados por Dreyfuss para a falta de interessente dos CIOs brasileiros por computação em nuvem.

Por fim, ele projetou que as empresas devem começar a adotar estratégias de cloud com mais afinco neste ano, “mas a virada da curva vai acontecer somente a partir de 2012”.

Site: TI Inside
Data: 07/06/2011
Hora: 16h27
Seção: News
Autor: ------
Link: http://www.tiinside.com.br/07/06/2011/industria-brasileira-de-servicos-de-ti-tera-expansao-de-46-ate-2014/ti/227121/news.aspx