Tablets da Positivo chegarão até dezembro, com Android

10/06/2011

Empresa dá início às operações na Argentina, com a marca Positivo BGH, e prevê política agressiva de preços apoiada no ganho em escala.

A aliança entre a brasileira Positivo e a argentina BGH, que gerou a marca Positivo BGH, entra em operação em solo argentino com unidade fabril, localizada na Terra do Fogo, capacitada a produzir 2,5 mil computadores por dia 30 mil placas-mãe mensalmente para notebooks.

A empresa venderá três linhas de notebooks na Argentina e, em breve, também no Uruguai.

Todos máquinas com processadores Intel Core i3 e sistema operacional Windows 7.

Em uma segunda etapa, chegarão os tablets, ainda neste ano. "Com certeza, teremos esses dispositivos para o Natal, no Brasil e na Argentina", promete Hélio Rotemberg, presidente da Positivo.

De acordo com o executivo, os tablets da Positivo rodarão o sistema operacional Android, porém a versão ainda está em definição. "Já temos o direito de licenças. Contudo, estamos alinhando com a Google qual será a versão."

Rotemberg não revela os preços dos tablets, mas afirma que eles seguirão a estratégia da empresa de  oferecer preços altamente competitivos. "A capacidade de produzir grande volume garante o lucro com vendas em grande escala, permitindo trabalhar com  preços agressivos", diz Norbeto Maraschin Filho, CEO da Positivo BGH.

Maraschin destaca que a empresa avaliou o mercado argentino e detectou a capacidade de venda de mais de 4 milhões de unidades de equipamentos, sendo que dois terços desse montante serão de portáteis. "Sem contar que o mercado argentino cresce cerca de 17% ao ano no setor."

Recuperação via Argentina
A Positivo amargou prejuízo líquido de 33, 7 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 21% em relação ao mesmo período no ano passado. O resultado desfavorável foi atribuído pela empresa ao acirramento da competição no mercado brasileiro, afetando a rentabilidade dos fabricantes.

Rotemberg  aposta na operação argentina, com a Positivo BGH, para reverter o quadro negativo da empresa. “Vamos recuperar nossa posição com a iniciativa argentina.

Gustavo Castelli, CEO da BGH, que tem faturamento estimado em 2011 de 650 milhões de dólares, diz que a planta da fábrica em Rio Grande [30 metros quadrados], na Argentina, consumiu investimentos de 30 milhões de dólares para a sua construção em 2009. A Positivo BGH, de acordo com Castelli, totalizou investimentos de 50 milhões de dólares.

“Estamos em processo de internacionalização com operações no Brasil, Chile, Uruguai e Colômbia. Os próximos passos nos levarão ao Peru e México”, diz Castelli. “No Brasil, atuamos com a Positivo em reparos de placas-mãe para notebooks.”

Site: Computerworld
Data: 09/06/2011
Hora: 14h54
Seção: Tecnologia
Autor: Solange Calvo
Link: http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/06/09/tablets-da-positivo-chegarao-ate-dezembro-com-android/