TI deve representar 5% do PIB brasileiro em 2014

21/06/2011

Para acompanhar o crescimento do setor, Brasscom quer formar 300 mil profissionais, utilizando recursos de programa do Governo.

Uma pesquisa da IDC, apresentada na última semana pela Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) ao ministro das Comunicações, Aloizio Mercadante, revela que, em 2010, a venda de software, hardware e serviços de TI movimentou US$ 85,9 bilhões. Com isso, o setor representou 4% do PIB (Produto Interno Brasileiro), contra 3,25% no ano anterior.

Se considerados os gastos com TI em geral – o que inclui os investimentos realizados em tecnologia pelas corporações –, o mercado gerou US$ 165 bilhões, no último ano. Assim, o Brasil passou da oitava para a sétima posição no ranking dos países que mais investem em tecnologia.

E as estimativas são de que, se o setor de TI mantiver o ritmo de crescimento de 10% ao ano, contra cerca de 4% da economia brasileira, deve representar 5% de todo o PIB nacional, até 2014. “Mas isso vai depender de diversos fatores, como custo, câmbio e recursos humanos”, aponta Edmundo Oliveira, diretor de Marco Regulatório da Brasscom.

Para enfrentar as principais barreiras do setor, a Brasscom defende uma proposta para redução dos impostos que incidem sobre a folha de pagamento das empresas de TI (leia matéria anterior), assim como o estímulo à formação de mão de obra qualificada.

“Até 2014, queremos formar 300 mil pessoas em TI”, informa o diretor. Para isso, ele aposta no uso de novas linhas de financiamento do Governo Federal, ligadas ao Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego). Este último, anunciado no final de abril pela presidente da República, Dilma Roussef, e que deve ser promulgado até julho.

Oliveira explica que, graças ao programa, estudantes e trabalhadores terão acesso a condições diferenciadas de financiamento para formação técnica. Da mesma forma, as empresas poderão utilizar os recursos para qualificar profissionais.

Além dos incentivos à formação, Oliveira destaca que outra bandeira defendida pela Brasscom é que o Governo invista na inovação. “Isso precisa ser melhor explorado no Brasil”, afirma.

Ainda segundo ele, sem um cenário propício à criação de novos produtos e serviços competitivos internacionalmente, ficará impossível para o País concorrer com mercados como a Índia.

Site: Olhar Digital
Data: 20/06/2011
Hora: 08h30
Seção: Digital News
Autor: Tatiana Americano
Link: http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/ti_deve_representar_5_do_pib_brasileiro_em_2014