E não será só por causa das fotos, vídeos e redes sociais; boa parte será gerada por máquinas que monitoram o que compramos e fazemos.
Em 2011, 1,8 zettabytes (ou 1,8 trilhões de gigabytes) de informações serão gerados. O número é equivalente à quantidade criada se cada cidadão dos Estados Unidos enviasse 3 tweets por minuto durante 26.976 anos. E, ao fim da década, o número de servidores gerenciando as informações de todo o mundo terá aumentado dez vezes.
Esses são alguns resultados da quinta pesquisa anual da IDC Digital Universe que foi divulgado na terça-feira (28/6).
O interessante é que a quantidade de dados criados por pessoas escrevendo e-mail, tirando fotos e fazendo donwload de músicas e vídeos é minúscula quando comparada ao número de informações geradas sobre eles, de acordo com o estudo patrocinado pela empresa de armazenamento, recuperação de dados e gerenciamento de informações EMC.
A pesquisa prevê que a quantidade geral de informações vai crescer 50 vezes até 2020, em grande parte por sistemas embutidos como sensores em roupas, aparelhos médicos e estruturas como prédios e pontes.
O estudo também determina que informações desestruturadas, como arquivos, e-mails e vídeo, representarão 90% de todos os dados criados na próxima década.
Carreira
Entre todos esses números, uma má notícia: o número de profissionais de TI disponíveis para gerenciar todos esses dados vai crescer 1,5 vez, de acordo com a IDC.
O número de pessoas com conhecimento e experiência para gerenciar o rápido crescimento de armazenamento corporativo não é suficiente para a demanda.
O estudo também diz que a segurança vai continuar sendo uma questão chave para gerenciadores de TI.
Por exemplo, embora hoje 75% dos dados são gerados por indivíduos, em algum ponto no futuro as empresas serão responsáveis por 80% deles. E menos de um terço de todas as informações armazenadas hoje têm um terço de proteção ou segurança; pouco menos da metade tem qualquer nível de proteção, segundo a IDC.
A boa notícia é que novas tecnologias de hardware e software baixar o custo de criação, captura, gerenciamento e armazenamento a um sexto do que era em 2005.
Por exemplo, as tecnologias de deduplicação e compressão reduziram a quantidade de dados transmitidos através de redes e bancos de dados, enquanto a virtualização e o provisionamento (utilizando apenas o espaço necessário no disco para armazenar informações) aumentaram as taxas de utilização do sistema de armazenamento.
“Como indústria, fizemos um tremendo trabalho para baixar o custo de armazenamento de dados. Como resultado, tivemos um aumento no fluxo de pessoas e empresas”, afirmou David Reinsel, vice-presidente de armazenamento e pesquisador de semicondutores.
A partir dos investimentos anuais de empresas em hardware, iniciado em 2005, o setor de tecnologia de softwares e serviços em nuvem, junto com a equipe de gerenciamento de informações, aumentou 50%, chegando a 4 trilhões de dólares.
Metadados
Novas ferramentas de captura, descoberta e análise de dados vão também gerar dados sobre dados automaticamente, assim como o reconhecimento facial usado nas fotos do Facebook. O metadado, como é conhecido, está crescendo duas vezes mais rápido que o universo digital como um todo. Um gigabyte de armazenamento pode usar tanto quando um petabyte de informações, de acordo com Reinsel.
“Então, o número de 1,8 zettabyte inclui ambos, o que armazenamos e o que não armazenamos. Pense em assistir um vídeo no Youtube ou um filme em HD via cabo ou satélite”, disse Reinsel.
Por exemplo, durante o consumo dos clientes ao assistir um vídeo ou filme, o metadado é criado, mas não é armazenado ou, se o é, será por apenas alguns milissegundos.
Atualmente, as contas de cloud computing representam apenas 2% dos gastos em TI. Em 2015, cerca de 20% de todas as informações estarão vinculadas à serviços em nuvem, e quase 10% vai estar hospedado nessa infraestrutura, afirmou a IDC.
O próximo passo, segundo Reinsel, é permitir que companhias extraiam mais valor de suas informações, utilizando serviços de análise de grande quantidade de dados.
“É onde as verdadeiras oportunidades estão, e onde alguns colegas podem perder o bonde.
Assim que as histórias de sucesso de ‘big data’ e as pessoas enxergarem que há ouro em suas informações...então você vai ver mais companhias querendo colocar mais dados online”, declarou.
Mas se todas as companhias continuarem armazenando cada vez mais dados, e não conseguirem encontrar o ouro, então haverá pouco ou nenhum retorno dos investimentos em tecnologias de armazenamento e gerenciamento, acrescentou Reinsel.
Site: IDG Now!
Data: 29/06/2011
Hora: 13h10
Seção: Internet
Autor: Lucas Mearian
Link: http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/06/29/explosao-de-dados-armazens-digitais-vao-crescer-50-vezes-ate-2020-diz-idc/