Em evento realizado na manhã desta quinta-feira (30/06), em São Paulo, Fábio Koleski, assessor do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, falou sobre as expectativas do governo em relação aos tablets e smartphones no Brasil.
“Esses dispositivos são uma excelente ferramenta de massificação da banda larga no Brasil”, afirmou o assessor, acrescentando que as políticas de desoneração discutidas pelo governo para a produção desses tipos de equipamentos no país pavimentarão esse caminho. “Se houver a desoneração podemos esperar que o Brasil tenha 30 milhões de tablets e smartphones em 2013, com possibilidade de dobrar esse número até 2016”, previu Koleski.
Antes mesmo da definição pela desoneração, o mercado de tablets tem crescido a taxas bastante positivas no mercado brasileiro. Conforme números apresentados pelo próprio Koleski, as vendas desses dispositivos somaram 45 mil unidades no primeiro trimestre de 2011.
Para dar uma ideia, em todo o ano de 2010 foram comercializadas 100 mil unidades no país. A previsão do governo, segundo Koleski, é que as vendas explodam a partir da desoneração e início da nacionalização dos produtos por parte de diversos fabricantes globais.
Banda larga
Após a desoneração, fica ao governo o desafio de massificar a banda larga no Brasil. De acordo com números apresentados pelo assessor, atualmente apenas 50% dos smartphones e tablets no Brasil têm plano 3G contratado. “Uma redução do preço da banda larga fixa seguramente levará à redução do preço da banda larga móvel, aumentando esse número de contratos 3G”, afirma Koleski, destacando os trabalhos do Minicom relacionados ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
De acordo com o assessor, praticamente 75% dos acessos no Brasil ainda são abaixo de 1 Mbps. “Isso é muito pouco. Esperamos acabar com as conexões inferiores a 1 Mbps no Brasil no curto prazo.”
Grandes eventos esportivos
Koleski contou que o Minicom está acelerando as licitações das redes 4G para que estejam instaladas e em funcionamento nas cinco cidades da Copa das Confederações, que acontece no Brasil em 2013, e em todas as cidades que sediarão a Copa do Mundo. A infraestrutura deve ser aproveitada para atender ao público e demandas das Olimpíadas 2016. “Estas devem ser as Olimpíadas da Mobilidade”, afirma Koleski.
A questão é que, além das questões de infraestrutura – técnicas e burocráticas –, também há no Brasil um outro grande entrave para o uso da banda larga móvel por turistas. As operadoras exigem documentos e um processo muito complexo e burocrático para a contratação de serviços 3G por tempo determinado, como a que interessa aos turistas que visitarão o Brasil por ocasião dos grandes eventos esportivos.
Questionado sobre o tema, Koleski afirmou que o governo está em início de conversas com as operadoras e está disposto a realizar ajustes para facilitar esse processo. “É uma oportunidade que não pode ser perdida e serão feitas mudanças para facilitar o processo de contratação”, disse o assessor, sem detalhar essas alterações.
Site: Convergência Digital
Data: 30/06/2011
Hora: 11h03
Seção: Política Industrial
Autor: Fernanda Ângelo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=26766&sid=7