Cientistas reunidos pela Comissão Internacional de Proteção sobre a Radiação Não Ionizante (ICNIRP, na sigla em inglês) reafirmam que não é possível estabelecer uma relação entre o uso de telefones celulares e a incidência de câncer. Segundo estudo, a incidência de tumores cerebrais não aumenta com o uso de telefones celulares, o que foi confirmado por resultados obtidos a partir de experimentos realizados com animais.
Revisão de estudos científicos dos últimos 12 anos mostra que não é possível estabelecer relação entre o uso de celulares e a incidência de câncer.
Brasília, 13 – Especialistas reunidos pela Comissão Internacional de Proteção sobre a Radiação Não-Ionizante (ICNIRP, na sigla em inglês) reafirmaram, no início deste mês, que não é possível estabelecer uma relação entre o uso de telefones celulares e a incidência de câncer. O conhecimento científico acumulado sobre o assunto, segundo os especialistas, é “crescentemente contrário” à teoria de que o uso do telefone celular causa tumores cerebrais.
Para chegar a essa conclusão, o Comitê de Epidemiologia da entidade analisou, entre março e junho deste ano, os resultados de vários trabalhos. O principal deles é Projeto Interphone, um estudo epidemiológico que mobilizou, por mais de uma década, cientistas de 13 países, entre eles Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Israel, Itália, Japão e Reino Unido. A análise desses dados concluiu que a incidência de tumores cerebrais não aumenta com o uso de telefones celulares, o que foi confirmado por resultados obtidos a partir de experimentos realizados com animais.
De acordo com o coordenador do estudo, Anthony Swerdlow, do Instituto Britânico de Pesquisa de Câncer, os cientistas consideram, hoje, “praticamente inexistente” a relação entre celulares e câncer em adultos. Ainda assim, informa o coordenador do estudo, as pesquisas sobre o assunto prosseguem, uma vez que ainda há que se investigar os eventuais efeitos do uso dos celulares por crianças, grupo para o qual não há dados de utilização disponíveis.
O setor de telecomunicações no Brasil acompanha de perto a preocupação social em torno do uso dos telefones celulares, bem como as pesquisas que são realizadas no mundo a respeito do tema.
No País, as prestadoras de serviços de telefonia móvel seguem rigorosamente os níveis de emissão de campos eletromagnéticos de radiofrequência recomendados pela ICNIRP. Esse organismo dá assessoria à OMS em suas orientações a entidades reguladoras em todo mundo, inclusive a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em 2009, o Congresso brasileiro aprovou a Lei Federal 11.934, que determina a adoção desses padrões em todo o território nacional.
Site: Telebrasil
Data: 13/07/2011
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Seção: Telebrasil On-line
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