Brasil ainda está na primeira fase de adoção da nuvem

29/07/2011

O CIO da EMC Corp., Sanjay Mirchandani, foi o principal destaque da abertura do EMC Forum, realizado nesta quinta-feira, 28/07, em São Paulo. Em sua apresentação, e depois em reunião com a imprensa, o executivo falou sobre a adoção de cloud computing sob a ótica de quem fornece infraestrutura e, também, de quem vem conduzindo a própria empresa nesta migração.

Falando sobre o uso da nuvem na EMC, o executivo afirmou que hoje 79% das aplicações utilizadas pela empresa são baseadas em cloud computing, percentual que deve chegar a 86% até o final deste ano. “Nossa missão é ajudar nossos cliente na jornada para a nuvem e, para isso, nós praticamos a tecnologia”, diz.

Para Mirchandani, a jornada deve passar por três fases. Na primeira delas as empresas iniciarão a transformação de suas estruturas. É o momento de buscar simplicidade, eficiência e proteção para a informação. A segunda fase é a transformação dos aplicativos, e é a que o mercado em geral vem vivendo agora. Bons exemplos são empresas como SAP. Microsoft e Oracle. “Aqui a busca é por escalabilidade, continuidade e segurança”, diz.

A terceira fase é o acesso aos usuários, e que vem ocorrendo em paralelo com a proliferação do uso de smartphones, tablets e outros aparelhos. A preocupação, aqui, será com a padronização e automação. Para Carlos Cunha, presidente da EMC Brasil, o mercado brasileiro ainda está na primeira fase da jornada.

“A movimentação em direção à segunda fase está apenas começando, e será incentivada pelo mercado financeiro. Os resultados da VMware, que cresceu 70% no ano passado, são um sinal disso”, diz. O executivo disse haver uma série de motivos para o atraso, mas reconheceu que a precariedade da banda oferecida hoje às empresas brasileiras pode ser um deles.

Por conta disso, Cunha lembrou que a EMC associou-se à Brasscom, um canal que vem sendo utilizado pelas empresas do setor para pressionar o governo a aumentar seus investimentos em infraestrutura digital. E isso precisa acontecer logo. Mirchandani lembrou que, em 2010, o universo digital tinha volume de 1,2 ZB. “Em dez anos este volume será de 35 ZB e as empresas precisam estar prontas para lidar com esta quantidade de informação”, afirma.

De seu lado, a EMC – além de produtos e serviço – tem procurado criar novos modelos de negócio que simplifiquem e agilizem a migração e o aumento na oferta de opções. “A nuvem vai exigir um novo modelo financeiro das empresas. Nós, por exemplo, temos uma unidade de negócios focada especificamente em provedores de serviços, que os auxilia na transição para um modelo baseado em receita mensal”, conclui Cunha.

Site: Convergência Digital
Data: 28/07/2011
Hora: 14h45
Seção: Cloud Computing
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Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=27069&sid=97