Oficina apresentará aplicações em NCL para Middleware Ginga
Luiz Fernando Gomes Soares, professor titular do departamento de informática da Puc-Rio e um dos desenvolvedores do Ginga, apresentará as vantagens e processos de desenvolvimento da tecnologia nacional que irá revolucionar a interatividade nas transmissões de TV. O Ginga, baseado na linguagem declarativa NCL é adotado pelo Brasil e outros dez países da América Latina.
O objetivo é apresentar aos desenvolvedores como produzir e difundir conteúdo por meio da programação declarativa: “Vamos mostrar como a linguagem NCL pode ser usada para desenvolver recursos interativos para a TV Digital”, afirma Luiz Fernando Gomes Soares, professor titular do departamento de informática da Puc-Rio e um dos idealizadores do middleware nacional Ginga, desenvolvido pelos laboratórios Telemídia, da instituição carioca, e LAViD, da Universidade Federal da Paraíba.
O Ginga, adotado pelo Brasil e outros dez países da América Latina, é baseado na linguagem declarativa NCL, também desenvolvida pelo Telemídia. A linguagem declarativa é uma modalidade de programação em que uma tarefa é transmitida a um computador e a este cabe a melhor solução para a solicitação. Por sua praticidade, esta linguagem favorece o acesso a bancos de dados, o que promove a interatividade no envio e recebimento de conteúdos. Mais acessível ao usuário comum do que a linguagem imperativa, usualmente utilizada – quando as soluções para determinadas tarefas são impostas ao computador – permitirá a produção e difusão de conteúdo interativo a partir de TVs comunitárias, universitárias, pontos de cultura e no ensino à distância. Além disso, com o uso do middleware Ginga será possível assistir a um programa de televisão e receber, simultaneamente, conteúdos complementares em telefones celulares e computadores.
O projeto conta com o empenho do governo brasileiro para o uso do Ginga em outras partes do globo. Durante o mês de julho, uma delegação do governo federal percorreu países africanos em busca da adoção do sistema nipo-brasileiro de TV Digital (ISDB-T) no continente. Até o momento, outras onze nações optaram pelo padrão além de Brasil e Japão: Costa Rica, Filipinas, Venezuela, Uruguai, Suriname, Paraguai, Bolívia, Chile, Equador, Peru e Argentina. Os três últimos são também colaboradores na formulação do Ginga a partir de convênios entre universidades locais e a Puc-Rio, além das atuações de outros países em comunidades de aperfeiçoamento do middleware. “O intercâmbio tem sido intenso. Hoje, a comunidade Ginga é a segunda maior da rede brasileira de softwares livres, com mais de 12 mil colaboradores”, comemora o pesquisador. A colaboração tem rendido frutos: somente o Japão e as Filipinas aderiram a softwares locais. Nos países restantes, o software brasileiro será adotado como padrão.
A oficina “Introdução ao Desenvolvimento de Aplicações em NCL para o Middleware Ginga” acontecerá em 29 de setembro a partir das 14h30 durante o Rio Info 2011.
Inscreva-se: www.rioinfo.com.br