Consumidor brasileiro busca novas tecnologias para compras online

26/08/2011

Uma pesquisa global da IBM com cerca de 30 mil pessoas, sendo 2.200 do Brasil, apontou que os compradores da América Latina estão à frente dos demais consumidores do mundo quando o assunto é a velocidade na adoção de novas tecnologias. Neste cenário, o Brasil se destaca dos demais países latino-americanos, com 83% de seus consumidores fazendo compras online.

Segundo o estudo, a quantidade de consumidores latino-americanos que usam duas ou mais tecnologias como website, dispositivo móvel ou quiosque na loja é a maior do mundo, superando até a China. Cerca de 70% dos brasileiros possuem algum dispositivo, comparado a 62% na China e apenas 48% nos Estados Unidos.

“Podemos concluir que existe uma variedade enorme de tecnologias disponíveis para os varejistas ampliarem as oportunidades de compras para os consumidores da América Latina, principalmente por meio de websites e tecnologias remotas”, afirma Alejandro Padron, consultor de varejo da IBM. “Um exemplo dos mercados maduros que funcionaria bem na América Latina é a TV personalizada. Com o controle remoto, o consumidor pode pedir os mais recentes itens de varejo sem sair de casa. É tão simples quanto como nossas crianças hoje fazem download de jogos em seus consoles de videogame”, completa.

A pesquisa revela também que o perfil do comprador latino-americano é predominantemente de homens dispostos a gastar dinheiro com itens para se satisfazer, otimista sobre seus rendimentos e influenciado pela opinião de amigos, familiares e estranhos. Além disso, este consumidor tem muito pouco tempo e exige mais conveniência. Padron destaca que no Brasil, as compras de eletrodomésticos, seguidas de livros e CDs/DVDs, seguem como os principais itens comprados online. “Outros segmentos, como roupas, sapatos, medicamentos, construção civil, alimentação e brinquedos, também têm despertando cada vez mais o interesse dos consumidores”, diz.

Outro dado revelado pela pesquisa mostra que os consumidores estão em busca de compras personalizadas, irão gastar mais e serão leais com varejistas que lhe oferecerem atendimento de qualidade e promoções em itens que eles compram regularmente. Também querem comprar de forma homogênea nos vários canais, verificar os preços dos produtos onde quer que estejam, obter promoções com base nos itens que eles examinam e usar um dispositivo remoto pessoal para evitar a fila do caixa. A pesquisa da IBM foi conduzida em outubro de 2010 na Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Itália, México, Reino Unido e Estados Unidos.

A IBM estima que as oportunidades do mercado de SmarterCommerce sejam da ordem de US$ 70 bilhões, motivadas pela demanda de empresas que precisam estabelecer novos níveis de automação para operações de marketing, atração de clientes e vendas; processos de produção, atendimento e prestação de serviços. Este novo segmento dentro da companhia recebeu investimento de US$ 2,5 bilhões em softwares decorrentes das aquisições das empresas Sterling Commerce, Unica e Coremetrics e em times de consultores especializados.

“Hoje, não apenas as empresas varejistas precisam estabelecer relações comerciais mais ágeis e eficazes com sua cadeia produtiva, mas todos os segmentos de mercado, a fim de aprimorar a relação empresa-fornecedor e, principalmente, empresa-consumidor”, destaca Marcelo Ramos, diretor da divisão de software SmarterCommerce da IBM Brasil.

Integrados, os softwares da nova oferta oferecem recursos como análise baseada na nuvem, que permitem à empresa monitorar a presença de suas marcas em tempo real, por meio das mídias sociais, além da automatização de funções, como criação de campanhas e promoções, tanto online como por dispositivos móveis.

Site: Convergência Digital
Data: 25/08/2011
Hora: 12h
Seção: Gestão
Autor: ------
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=27415&sid=16