A ESET, empresa especializada em segurança da informação, quer brigar por uma fatia maior do ranking brasileiro de fornecedores de antivírus. A aposta para atrair mais usuários está no lançamento mundial, agendado para o dia 13 de setembro, das suas linhas de produtos ESET Smart Security e ESET Antivirus versão 5.0, com alvo, neste momento, nos consumidores finais e nas pequenas e médias empresas.
Ainda para o segundo semestre, a ESET promete uma solução para smartphones com sistema operacional Android. "Esse é o grande alvo hoje dos produtores de malwares", destaca o CEO da companhia, Richard Marko, que esteve na capital paulista, nesta terça-feira, 06/09, para um encontro com a imprensa. As versões das linhas de produto de segurança para grandes empresas ficaram para o início de 2012.
Para ganhar mais clientes, a ESET aposta nas funcionalidades como diferencial. "Nossa solução é leve; não consume recursos das máquinas e traz novidades como melhor controle de mídias, como USB, o maior propagador de malwares", afirma o country manager da ESET no Brasil, Camillo Di Jorge.
Segundo o executivo, a ESET já possui 1 milhão de licenças comercializadas no país, sendo que as pequenas e médias empresas respondem por 55%. Os usuários finais ficam com 25% e as grandes empresas contabilizam 20%. Do ponto de vista de receita, o Brasil responde por 6% do faturamento na América Latina, que, em 2010, ficou em US$ 182 milhões.
Para atuar de forma pró-ativa no combate aos vírus e malwares, a ESET possui oito laboratórios de pesquisas distribuídos no mundo. O da América Latina está instalado em Buenos Aires, cidade que coordena as atividades da companhia na região. Questionado se o Brasil poderia vir a ter um centro semelhante, Di Jorge disse que, hoje, já há uma grande interação entre os especialistas dos países.
"Recebemos cerca de 200 mil arquivos infectados/dia para tratar. Temos um processo de inteligência artificial que nos permite agir em tempo real em casos de ameaças. O centro de Buenos Aires já identificou, por exemplo, ataques a data centers brasileiros. Os nossos centros são interligados", respondeu o executivo, sem prometer, no entanto, investimentos na área de pesquisa, num médio prazo, no Brasil.
Indagado como deveria ser a relação dos governos com hackers e crakers, principalmente diante dos últimos ciberataques, o CEO da ESET, Richard Marko, admitiu que essa é uma questão muito delicada e que requer um tratamento diferenciado e especial pelas autoridades. "Acredito que o grande ponto é o de investir na educação. É mostrar que tecnologia serve para o bem", ponderou.
Sobre hackers, apesar de bastante cauteloso e evitando tecer comentários sobre políticas de governo, disse que aproximação é como 'brincar com o fogo', lembrando a própria atuação do governo dos Estados Unidos no Afeganistão, onde houve claros problemas com ciberataques.
Site: Convergência Digital
Data: 06/09/2011
Hora: 16h30
Seção: Segurança
Autor: ------
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=27581&sid=18