Um seminário realizado nesta sexta-feira, 9/9, no Itamaraty, reuniu brasileiros e chineses para a discussão de caminhos para maior relação entre os dois países em tecnologias da informação e comunicação (TICs).
Para o secretário de Políticas de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, Virgilio Almeida, Brasil e China possuem complementaridades no setor – os brasileiros com destaque em software e serviços, os chineses já inseridos na fabricação de eletrônicos.
Ele lembrou que o Brasil busca fortalecer e ampliar a sua indústria de componentes, semicondutores e dispositivos, visando diminuir o déficit na balança comercial e aumentar o número de empregos qualificados e tecnologias nesta área. Por outro lado, a China tem uma indústria avançada no setor.
“A China pode colaborar em termos comerciais com o Brasil através de investimentos e através da transferência tecnológica. E o Brasil tem um mercado de eletrônica e de computadores extremamente rico e importante. Ainda dentro da área de tecnologia da informação, o Brasil é desenvolvido na área de software e serviços e pode ampliar as suas atividades neste setor na China através das exportações”, afirmou Almeida.
Ao destacar o programa de envio de estudantes para universidades no exterior, o secretário ressaltou que a China “tem grandes e importantes universidades, tem excelência em várias áreas da tecnologia da informação e, portanto, será muito importante para o Brasil treinar seus jovens em universidade chinesas, não só por essa excelência, mas também pelo papel que a China tem no século 21”.
O vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação da China, Guo Yanyan, indicou áreas de potencial parceria. “Temos que nutrir um novo ponto de crescimento para a indústria de TI, assim como, por exemplo, a televisão digital, radiocomunicação e software. No sentido de acelerar a cooperação em TI, como cloud computing, internet das coisas, conexões inteligentes”, sugeriu Yanyan.
O Brasil é hoje o terceiro mercado em termos de computadores pessoais, perdendo apenas para os Estados Unidos e para a China. Outros dados do mercado brasileiro e os avanços na área de TIC foram apresentados pelo diretor de mercado da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), Djalma Petit.
De acordo com ele, a maior parte das grandes corporações do mundo já operam no país, que movimenta US$ 68 bilhões, com estimativa de 70 mil empresas de software e serviços e 500 mil profissionais em atuação em 2010.
* Com informações do MCT
Site: Convergência Digital
Data: 09/09/2011
Hora: 16h40
Seção: Inovação
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