Ministério da Defesa apresenta projetos de segurança do território e as oportunidades de negócios para empresas de TI

13/09/2011

Atualmente três grandes projetos de monitoramento são desenvolvidos pelo Ministério da Defesa: Sisfron (Sistema de Vigilância da Fronteira), Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) e Sisdabra (Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro), além de simuladores com diferentes graus de complexidade. Como as empresas brasileiras de TI podem aproveitar as oportunidades neste mercado é um dos temas do encontro “TI Nacional e os Projetos do Ministério da Defesa”, que acontece dia 29 de setembro e para o qual está prevista a presença do ministro Celso Amorim.

“As Forças Singulares (Exército, Marinha e Aeronáutica) trabalham no desenvolvimento de três projetos do Ministério da Defesa. São sistemas de monitoramento e vigilância das fronteiras, do mar territorial (Amazônia Azul) e do espaço aéreo brasileiro. Esses sistemas (Sisfron, Sisgaaz e Sisdabra) envolvem instalação e operação de sensores, radares e outros dispositivos de detecção que transmitem sinais diretamente ou via satélite para os C4I (centros de Comando, Controle, Computação, Comunicação e Inteligência)”, explica Luiz Salomão, diretor da Escola de Políticas Públicas e Governo do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro da Universidade Cândido Mendes) e coordenador do encontro “TI Nacional e os Projetos do Ministério da Defesa”.

Tais sistemas demandam outros sistemas e aplicações de TICs que, em grande parte, podem ser fornecidos por empresas brasileiras de TI. “Ocorre que as empresas nacionais de TICs estão alheias aos projetos básicos destes grandes sistemas. O risco que se corre é que as licitações sejam lançadas, os grandes fornecedores de sistemas nacionais e estrangeiros se habilitem e busquem fornecedores de TI no exterior, com grandes prejuízos para as empresas nacionais”, aponta Luiz Salomão.

Outra questão que será abordada no encontro são os projetos em simulação que estão sendo desenvolvidos: “Há diferentes graus de complexidade no desenvolvimento de projetos usando simuladores baseados em TI. Podem ser coisas simples como um simulador para treinamento de tiro ao alvo ou projetos mais complexos, como a simulação em computador do voo e do impacto provocado por um míssil que pode custar, por exemplo, 500 mil dólares. Há países que simulam inclusive os efeitos provocados pela explosão de artefatos nucleares e do disparo de mísseis de longo alcance cujo custo é estimado em milhões de dólares. Há aplicações de simulação que usam super computadores com aplicativos em guerra eletrônica, em defesa cibernética e outros dispositivos usados na guerra moderna”, explica Luiz Salomão.

O encontro contará com a participação do Ministro da Defesa, Celso Amorim, e um convidado do Ministério da Defesa da França, além de representantes das três Forças. De acordo com Luiz Salomão, “o objetivo é que as empresas nacionais de software e TI conheçam esses projetos, busquem parcerias no Brasil e no exterior com os eventuais fornecedores e se preparem para participar dos diferentes consórcios que virão com as licitações.”

O encontro técnico “TI Nacional e os Projetos do Ministério da Defesa” acontece dia 29 de setembro, a partir das 9 horas, durante o Fórum de Negócios do Rio Info 2011.