Tecnologias atuais não são suficientes para o pré-sal, afirma Guilherme Estrella, da Petrobras
29/09/2011
O desenvolvimento da produção do pré-sal acontecerá em etapas e as atuais tecnologias utilizadas não serão suficientes para atender a demanda, afirmou Guilherme Estrella, que desde 2003 é diretor de Exploração e Produção da Petrobras: “Ou usamos tecnologias novas ou vamos enfrentar problemas econômicos, pois a tecnologia utilizada atualmente custa caro”, afirmou.
De acordo com Estrella, o petróleo mantém um papel hegemônico na matriz energética mundial e a previsão é que este cenário continue nas próximas décadas. O século XXI é do saber e do conhecimento que se reflete na competência em desenvolver tecnologias. Países hegemônicos mantêm suas posições com base no controle de tecnologias sensíveis e de uso dual. Países desenvolvidos mantêm as baixas taxas de crescimento, enquanto BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China) são disputados como mercado consumidor pelos países hegemônicos detentores de tecnologia.
Segundo Estrella o mundo consome 80 milhões de barris de petróleo por dia. Em 2030 serão de 90 a 100 milhões, cujos 70% ainda não foram descobertos. O pré-sal, disse, será de extrema importância para fornecer boa parte deste montante, principalmente para os países hegemônicos”, explicou.
“Até 2015 a Petrobras investirá R$ 389 bilhões, sendo 66% produtos de produtos de fornecedores estrangeiros. Precisamos mudar este quadro e o pré-sal é uma grande oportunidade para interagirmos com a empresa brasileira de TI”, disse. Segundo ele, o desafio para as TICs é atender o conteúdo solicitado com tecnologias nacionais dos contratos de concessão, da cessão onerosa e de partilha de produção. “Não basta produzir no Brasil, é preciso que as indústrias nacionais desenvolvam o conhecimento”, concluiu.
Márcio Girão, presidente da Fenainfo e moderador do painel, defendeu que o desenvolvimento da Petrobras passa pela utilização da empresa brasileira. “Essa palestra não se encerra aqui, queremos debater os mecanismos e oportunidades de participação da TI nesse processo para que possamos dar uma visão do potencial de nossa indústria no fortalecimento da Petrobras em relação ao pré-sal”.
No painel, “Petrobras Internacional como geradora de oportunidades para a indústria de TIC no exterior”, o angolano José Severino, da Associação Industrial de Angola, apresentou o atual cenário político, econômico e social de seu país, que ainda enfrenta os estragos deixados pelos 40 anos de conflito vividos. Para Severino, o Brasil terá maior vantagem se, com sua capacidade de desenvolvimentos de TICs, fizer parcerias com Angola para sinergizar com o potencial angolano e fazer de suas fragilidades “oportunidades de negócios”, além de usar o país como porta de entrada das empresas brasileiras no continente africano.
O painel foi moderado por Duperron Marangon, diretor e sócio fundador da PhDsoft Tecnologia, e contou ainda com a participação do nigeriano Inyang Effiong da Arts in Sciencie e Ricardo Iachan da Petrobras Internacional.
Texto: IAA Comunicação e Eventos
De acordo com Estrella, o petróleo mantém um papel hegemônico na matriz energética mundial e a previsão é que este cenário continue nas próximas décadas. O século XXI é do saber e do conhecimento que se reflete na competência em desenvolver tecnologias. Países hegemônicos mantêm suas posições com base no controle de tecnologias sensíveis e de uso dual. Países desenvolvidos mantêm as baixas taxas de crescimento, enquanto BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China) são disputados como mercado consumidor pelos países hegemônicos detentores de tecnologia.
Segundo Estrella o mundo consome 80 milhões de barris de petróleo por dia. Em 2030 serão de 90 a 100 milhões, cujos 70% ainda não foram descobertos. O pré-sal, disse, será de extrema importância para fornecer boa parte deste montante, principalmente para os países hegemônicos”, explicou.
“Até 2015 a Petrobras investirá R$ 389 bilhões, sendo 66% produtos de produtos de fornecedores estrangeiros. Precisamos mudar este quadro e o pré-sal é uma grande oportunidade para interagirmos com a empresa brasileira de TI”, disse. Segundo ele, o desafio para as TICs é atender o conteúdo solicitado com tecnologias nacionais dos contratos de concessão, da cessão onerosa e de partilha de produção. “Não basta produzir no Brasil, é preciso que as indústrias nacionais desenvolvam o conhecimento”, concluiu.
Márcio Girão, presidente da Fenainfo e moderador do painel, defendeu que o desenvolvimento da Petrobras passa pela utilização da empresa brasileira. “Essa palestra não se encerra aqui, queremos debater os mecanismos e oportunidades de participação da TI nesse processo para que possamos dar uma visão do potencial de nossa indústria no fortalecimento da Petrobras em relação ao pré-sal”.
No painel, “Petrobras Internacional como geradora de oportunidades para a indústria de TIC no exterior”, o angolano José Severino, da Associação Industrial de Angola, apresentou o atual cenário político, econômico e social de seu país, que ainda enfrenta os estragos deixados pelos 40 anos de conflito vividos. Para Severino, o Brasil terá maior vantagem se, com sua capacidade de desenvolvimentos de TICs, fizer parcerias com Angola para sinergizar com o potencial angolano e fazer de suas fragilidades “oportunidades de negócios”, além de usar o país como porta de entrada das empresas brasileiras no continente africano.
O painel foi moderado por Duperron Marangon, diretor e sócio fundador da PhDsoft Tecnologia, e contou ainda com a participação do nigeriano Inyang Effiong da Arts in Sciencie e Ricardo Iachan da Petrobras Internacional.
Texto: IAA Comunicação e Eventos