Giardelli diz que inovação reinventa o capitalismo

04/09/2012
Para Gil Giardelli, professor da ESPM e conhecido por ser um difusor de conceitos e atividades ligados à sociedade em rede, os processos colaborativos, presentes fortemente nas mídias sociais, alteram a sociedade em diversos aspectos e tornam as ideias mais importantes que os produtos. Segundo afirmou durante a mesa sobre economia criativa, o mundo está em transição: “acaba a era da informação, começa a era da criatividade. É o espírito da inovação. E, para estar à frente neste novo mercado, as companhias precisam agora inovar e trabalhar com o imaginário do consumidor, procurando antecipar os seus desejos. É o capitalismo se reinventando, valorizando uma nova forma de coletivismo”.

Heliana Marinho responsável, pela área de economia criativa no Sebrae/RJ, afirmou que é necessário tratar a economia criativa como um negócio e ressaltou sua importância em momentos de crise na geração de empregos e renda, particularmente pela grande participação de micro e pequenas empresas no segmento.

Para a especialista este tipo de negócio está inserido na herança cultural do país e diretamente ligado ao aumento do ganho da população.

A especialista em economia criativa Lala Doheizelinlembrou das inúmeras Wiki – enciclopédias digitais - que surgem na web, e que proporcionam ao internauta acesso a conteúdo de qualidade. “Para criar a Wikipédia, por exemplo, o processo de trabalho demorou cerca de um milhão de horas, o que seria impossível se não houvesse cooperação de milhares de pessoas”, lembrou Doheizelin.

Com visão similar, Oona Castro traçou um panorama sobre a economia criativa, políticas públicas de incentivo ao modelo e processo de produção colaborativa. Utilizou como exemplo o trabalho desenvolvido por ela na Wikimedia Foundation.

O painel foi coordenado por GiosafatteGazzaneo, membro do conselho fiscal da Riosoft e contou com ainda com a participação de Alex Patez,assessor de diretoria da Ancine.