Defesa Nacional anuncia no Rio Info 2012 desenvolvimento de produtos de TI e prevê investimentos de R$ 561 bilhões no segmento

05/09/2012
Criar uma base industrial de defesa juntamente com as empresas brasileiras é o objetivo do Ministério da Defesa, segundo afirmou o almirante Sérgio Fernandes, diretor do departamento de Ciência e Tecnologia da pasta durante o painel TI e Defesa no Rio Info 2012. Para tanto, trabalha com a implementação do plano de articulação e equipamento da Defesa (Paed), que prevê o investimento R$ 561 bilhões nos próximos 20 anos.  Desse valor, R$ 416 bilhões são para desenvolver os próprios equipamentos.

Paralelamente uma das estratégias da área da segurança da informação do ministério é o  fomento de um complexo militar-universitário empresarial capaz de atuar na fronteira e desenvolver tecnologias que terão quase sempre utilidade militar e civil.

O general José Carlos, comandante do CDCiber (Centro de Defesa Cibernética) informou que a unidade desenvolverá seus próprios produtos e que dois deles já estão em fase final de testes: o antivírus Defesa BR, que deve entrar em comercialização em janeiro de 2013, e o simulador de guerra cibernética, que já está em finalização para ser lançado no final deste mês.

De acordo com o general José Carlos, a arma cibernética já existe, no entanto ainda não tem a chamada guerra cibernética. O que acontece constantemente são ataques virtuais que geram inúmeros prejuízos a empresas e instituições financeiras. E, segundo o general, nos últimos 18 meses o Brasil teve R$1.7 bilhão de perda por fraudes bancárias recorrente desses ataques.

Segundo Fernandes, o ministério pretende criar uma política nacional de defesa e dar suporte e sustentação para a indústria brasileira. “Um país que está crescendo e pretende ser a sexta economia do mundo, precisa ser dono da sua própria tecnologia de segurança. Não podemos depender de terceiros.”, disse Fernandes.