Nova forma de ver TV ganha espaço
Uma nova forma de ver TV ganha espaço em todo o mundo, segundo Salustiano Fagundes, diretor executivo da HXD: “a TV aberta tende a fugir da inovação. A programação linear não conquista o público atual. Hoje em dia não tem como não pensar em TV sem lembrar-se da Internet. Agora, com a TV nas nuvens, esta nova maneira de assistir TV é preciso criar uma infraestrutura mais centrada em rede, na nuvem, do que a infraestrutura linear de uma TV normal”. O tema esteve em pauta durante o painel Novos Dispositivos e seus Usos, do Seminário de Economia Criativa Digital.
O empreendedor ainda citou a Smart TV na nuvem (aquela em que o conteúdo televisivo fica armazenado nas nuvens), comparando-a com a TV aberta. “Hoje em dia as pessoas podem assistir TV pelo celular, tablets e diversos outros dispositivos sem, necessariamente ficar preso aos horários das programações tradicionais”.
Roger Finger, gerente de projetos do departamento de tablets e novos dispositivos da Positivo observou o crescimento de novas tecnologias no Brasil e no mundo: “Existe mais de um milhão de dispositivos com sistema Android ativos por dia em todo o mundo. O Brasil é um dos países que mais usam o sistema, à frente até da China”, disse.
Outro aspecto abordado no painel foi a relação entre academia e indústria. Segundo o professor do departamento de informática da PUC-Rio, Bruno Feijó, ainda há uma distância muito grande entre ambos. A luta do setor de tecnologia é para que criem uma parceria duradoura, para assim produzirem conteúdo inovador e de qualidade.
Bruno completa: “Hoje não basta ser só designer para fazer uma boa peça audiovisual, o profissional também precisa saber sobre programação. É uma necessidade porque atualmente a produção de conteúdo tem esta premissa. A parceria entre indústria e academia está muito longe de acontecer. Faltam políticas de incentivo para fomentar as excelentes ideias que temos em nosso país”, diz o professor.