Maior densidade e poder computacional, redução no consumo de energia e no uso do espaço, definição por software, soluções modulares e simplificação no gerenciamento são algumas das características em que os fornecedores de tecnologia investem para tirar partido da vitalidade do mercado de data center no país.
A HP anunciou em junho novas tecnologias de baixo consumo de energia e mira o parque com mais de oito anos, observa o diretor de produtos de servidores e sistemas convergentes, Luis Albejante. Uma das novidades é a família 8000 de servidores Apolo para computação de alta performance, com resfriamento baseado em líquido e densidade de até 144 servidores por rack. "A capacidade de processamento por rack é quatro vezes mais do que sistemas tradicionais refrigerados a ar", compara Albejante. A família inclui ainda o modelo 6000, a ar.
A fabricante também destacou a plataforma convergente One View, para gestão completa do data center, com interconexão a plataformas de virtualização Microsoft e VMware e mapas com configurações e melhores práticas.
Já a Dell aposta em redes definidas por software (SDN) e apresentou em junho sua plataforma Active Fabric Controller, preparada para trabalhar com redes com sistema operacional OpenStack. No segmento de backup, lançou as soluções NetVault 10, com interface simplificada, e DR 6000, para duplicação de dados. Para armazenamento, a solução Compellent aproximou camada de disco flash e processador para acelerar o acesso aos dados. Outras novidades são o servidor de grande porte R920 Power Edge e o switch Z9500, com alta densidade e taxa de transferência superior a 10 terabytes por segundo. "Tudo isso só este ano", aponta o vice-presidente de soluções para a América Latina, Raimundo Peixoto.
A Huawei é outra que ampliou o portfólio com soluções de menor porte, como o micro data center com um rack único concentrando controle de energia, redes, servidores e armazenamento que pode ser colocado em qualquer ambiente com temperatura máxima de 35 graus Celsius e soluções modulares com racks combinados. "Não precisa ter uma sala para comportar a solução", observa o diretor Rômulo Horta.
A Oracle também busca a otimização. A versão 11.2 do sistema operacional Solaris reduziu a quase zero a necessidade do uso do equipamento para divisão em máquinas virtuais - a virtualização costuma consumir até 20% dos recursos do servidor - e ganhou capacidade de criar padrão de máquina virtual para cloná-la rapidamente. Em 2013, apresentou equipamentos baseados no processador da casa, o SPARC M6, com até 32 terabytes de memória e até 384 núcleos de processamento. "Estima-se ganhos de até dez vezes na velocidade de consulta", diz o vice-presidente de sistemas, Fabiano Matos.
Site: Valor Econômico
Data: 27/06/2014
Hora: 05h
Seção: Empresas
Autor: Martha Funke
Link: http://www.valor.com.br/empresas/3595434/fornecedores-de-ti-apostam-em-otimizacao