Nos acordos entre China e Brasil, Baidu traz versão local de buscador da Internet

18/07/2014

Entre acordos governamentais e privados, Brasil e China firmaram nesta quinta, 17/7, 32 acordos de cooperação, alguns diretamente ligados à tecnologias de informação e comunicações, o que inclui até o lançamento do buscador Baidu em versão brasileira.

Os acertos passam pela construção de uma cidade digital em Tocantins com financiamento de US$ 100 milhões do Banco de Desenvolvimento da China. Outro entendimento, entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a chinesa Build Your Dream (BYD) é para fabricação de baterias recarregáveis e sistemas de armazenamento de energia no Brasil.

Algumas universidades, como Campinas, além do Ministério da Educação assinaram acordos com o Instituto Confúcio para o ensino da língua chinesa em universidades brasileiras, particularmente com vistas ao envio de 5 mil estudantes para estágios na China, no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras.

Durante a cerimônia de assinatura dos atos, Dilma Rousseff e o colega chinês Xi Jinping acionaram um teclado – ambos pressionaram uma ‘barra de espaço’ – para formalizar o lançamento da versão brasileira do buscador Baidu, a primeira nas Américas, festejou-se.

A presidenta Dilma, por sinal, destacou alguns desses investimentos no campo da Internet em seu pronunciamento e convidou a China a, ao lado do Brasil e demais países, a “avançar nos princípios da governança da Internet consagrados na NetMundial”, o encontro realizado em São Paulo, em abril.

A Baidu, que tem o motor de buscas mais usado na China mas também outros serviços na rede, chegou ao país no ano passado. Além do buscador, a empresa também assinou um acordo como Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre ‘desenvolvimento da Internet’ no Brasil.

Outra empresa, a Huawei, além de um acordo com o governo do Rio Grande do Sul – para instalar um centro de inovação na Tecnopuc, em Porto Alegre – firmou protocolo com o MCTI sobre computação em nuvem, tema no qual a empresa até já doou computadores ao instituições de ensino do Brasil.

Também do mundo da Internet, a empresa de comércio eletrônico Alibaba foi outra a assinar acordo nesta quinta. No caso, é um entendimento com os Correios para a construção de um armazém de logística. A Alibaba é como uma Amazon.com da China.

Com a vinda dos presidentes de Rússia, Índia, China e África do Sul para a reunião dos BRICS no Brasil, seguiram-se acordos bilaterais que aproveitam as visitas dos chefes de Estado.

Site: Convergência Digital
Data: 17/07/2014
Hora: 14h28
Seção: Governo
Autor: Luís Osvaldo Grossmann
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37250&sid=11#.U8kVcONdWZl